O senador Wellington Fagundes (PR) prestou depoimento à Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga a suspeita de favorecimento indevido ao setor portuário em decreto presidencial que alterou regras de concessões. O depoimento ocorreu na segunda-feira, em Brasília.
O decreto foi publicado pelo presidente Michel Temer (MDB) em 11 de maio e aumentou o prazo dos contratos de concessão de áreas portuárias de 25 para 35 anos, podendo ser prorrogado até 70 anos, beneficiando as atuais empresas concessionárias.
Fagundes é apontado nas investigações como um dos interlocutores de Temer junto ao setor portuário. Ele é citado em duas das 50 perguntas feitas pela Polícia Federal ao presidente Temer em janeiro.
Conforme o blog da jornalista Andréia Sadi, do G1, a Polícia Federal intimou o senador, mas ele vinha adiando o seu depoimento. Ele informou aos investigadores que estava em "missão oficial" em Los Angeles (EUA) de 25 de janeiro a 17 de fevereiro. Por conta disso, não conseguiria prestar depoimento nesse período. O prazo para o fim do inquérito se encerrava no dia 20 de fevereiro, contudo foi prorrogado pela PF.
Ainda não há informações sobre quais questionamentos a Polícia Federal fez ao senador.