Por meio de comunicado lido, hoje à tarde, em Plenário, o líder do PR, senador Magno Malta (ES), anunciou oficialmente o desligamento do partido do bloco de apoio ao governo na Casa. Minutos depois, o parlamentar fez uma breve intervenção explicando os termos do comunicado. "Não significa que estamos abandonando a base do governo. Seríamos irresponsáveis. Continuamos apoiando a presidente Dilma, mas agora vamos nos manter líderes de nós mesmos. Daremos daqui por diante apoio crítico ao governo", declarou.
Segundo o ofício, o PR reitera a posição de apoio ao governo Dilma Rousseff, mas, em respeito ao entendimento da bancada de parlamentares no Senado, exercerá esse apoio, a partir de agora, "de acordo com suas próprias diretrizes e conforme suas convicções e decisões programáticas". Com essa decisão, o bloco PT-PDT-PSB-PCdoB-PRB perde seis integrantes e deixa de ser o maior do Senado – o número cai de 30 para 24 senadores.
O bloco liderado pelo PMDB-PP-PSC-PMN-PV tem 28 parlamentares na Casa. O PR é composto por seis senadores: Antonio Russo (MS); Blairo Maggi (MT); Clésio Andrade (MG); Magno Malta (ES); Vicentinho Alves (TO); e Alfredo Nascimento (AM). Também filiado ao PR, João Ribeito (TO) está licenciado.
A relação entre o partido e a presidente da República estava desgastado após o escândalo que culminou na demissão total da cúpula do Ministério dos Transportes, órgão até então comandado pelo partido.