Conforme havia antecipado, o senador Blairo Maggi (PR) participará de forma mais enfática da campanha neste segundo turno. Nesta semana, o republicano grava em São Paulo uma participação no programa eleitoral da presidente Dilma Rousseff (PT). Em Mato Grosso, ele representa ainda uma espécie de “garantia” de que o setor do agronegócio está engajado pela reeleição da petista.
Maggi é citado pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller (PMDB), como um exemplo de produtor rural, entre os mais influentes do Estado, que estão ao lado de Dilma. A referência se deve ao fato de os organizadores da campanha estadual de Aécio Neves (PSDB) afirmarem que o setor estaria em peso apoiando o candidato tucano à Presidência da República.
Com a aposentadoria da vida pública anunciada, Maggi evitou ao máximo se envolver no processo eleitoral deste ano. Coordenou, no entanto, a criação de um comitê para arrecadação de fundos para a campanha à reeleição da presidente. Uma resposta ao plano de governo da então candidata Marina Silva (PSB), que previa uma série de medidas que assustaram o setor produtivo. Já naquela época prometeu também que seria mais presente durante o segundo turno.
A provável aparição de Maggi no programa eleitoral de Dilma deve colaborar com a estratégia inicial da coordenação estadual de campanha da petista, sob comando do senador eleito Wellington Fagundes (PR). Conforme ele, o grupo tentou “regionalizar” a campanha, mas foi impedido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Gostaríamos que, pelo menos, os VTs fossem mais voltados para Mato Grosso”, disse.
Diante da impossibilidade, o grupo deve trabalhar mais com a realização de atos e reuniões políticas pelo interior do Estado.