A cúpula do PR se reuniu na segunda-feira (25), quando o senador Blairo Maggi, líder maior em Mato Grosso, comunicou sua incômoda posição em relação à cúpula nacional que vetou sua escolha para ministro da presidente Dilma Rousseff (PT) e deixou claro sua disposição de deixar o partido ao qual ingressou em 2007 após sair do PPS pelo qual se elegeu e reelegeu governador do Estado.
A grande discussão está no fato das bancadas estadual e federal também quererem acompanhar o senador para uma possível incursão no PMDB e o que isto representaria diante da fidelidade partidária, já que a Justiça Eleitoral entende que a troca de sigla pode acarretar em perda de mandato.
Maggi relatou aos deputados e ao presidente do PR, Wellington Fagundes, sua preocupação em relação a 2014, já que o veto para um ministério poderia ser comparado no futuro a um veto à sua candidatura ao governo e uma coligação com um partido dissidente e que não esteja no ar- co de alianças que dá sustentação ao governo Silval Barbosa e também da presidente Dilma.
O senador confirmou o pedido de informações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informando que não apenas ele, mas também seus dois suplentes, Cidinho Santos e Rodrigues Palma, o acompanhariam para a nova sigla, o que em síntese impediria o PR de reclamar na Justiça pela vaga de senador, já que ambos os suplentes eleitos também trocariam de agremiação.
Mas a preocupação maior esta mesmo com os seis deputados estaduais e o deputado federal que formam a maior bancada e que poderiam acabar prejudicados se permanecerem no PR e não conseguirem uma cabeça de chapa nas eleições de 2014 ou então deixar o PR e correrem o risco de enfrentar o desgaste de terem seus mandatos contestados judicialmente.