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Senado volta a cobrar remuneração para proteger floresta Amazônica

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O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) reclamou, em discurso, da severidade das regras ambientais do governo aplicadas aos produtores rurais da Amazônia e propôs que as autoridades federais adotem uma política séria para remunerar quem mantiver a floresta em pé.

Para ele, remunerar floresta em pé não pode ser o simples pagamento de uma pequena "bolsa-floresta", mas sim alguma coisa ao estilo dos chamados créditos de carbono, pelo qual as empresas que poluem compram créditos de quem preserva o meio ambiente. Ele sugeriu que o governo seja intermediário, no mercado internacional, de créditos de carbono, de proprietários de terras preservadas da Amazônia.

– Ou estabelecemos uma forma clara, uma política de governo, para a remuneração da floresta em pé, ou então criamos meios de flexibilizar as regras ambientais para facilitar o trabalho, a produção sustentada na Amazônia – propôs.

Acir Gurgacz lamentou que a opinião pública mundial que quer a Amazônia "preservada, intocada, apenas para a produção de oxigênio" para o planeta, não aceite nem a idéia de que a floresta pode ser "conservada", ou seja, pode ser explorada de forma sustentável.

– Se o Brasil e o mundo querem que a Amazônia produza oxigênio, é preciso estabelecer um preço para isso. E que não nos chamem de mercenários e que apóiem nossos produtores, na maioria pequenos agricultores – acrescentou.

O senador de Rondônia opinou que a atual pressão dos órgãos ambientais para que os agricultores da Amazônia mantenham preservados 80% de suas áreas, ou recomponham as partes desmatadas, vem desestimulando e revoltando os produtores da região. Citou entrevista recente de um deles, o qual afirmou que os órgãos do governo tratam os produtores "como bandidos" e que ele teme "ser preso" ao procurar as autoridades ambientais para regularização de suas terras.

Esclarecendo que não defende o desmatamento, Acir Gurgacz lembrou que as pessoas que hoje vivem em Rondônia chegaram lá com o incentivo dos governos. Por isso, ele reivindica que sejam pagas para preservar, ou então que o governo as deixe produzir e se desenvolver.

 

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