A história do bispo emérito de São Félix do Araguaia, Dom Pedro Casaldáliga, deverá ser homenageada no Senado em sessão especial. O requerimento foi feito pelo senador de Mato Grosso, Wellington Fagundes (PL) junto com outros senadores, e precisa ser aprovado em votação plenária para que o Legislativo prepare a solenidade. Conforme Só Notícias informou, o religioso faleceu no dia 8 de agosto, aos 92 anos, em um hospital no interior de São Paulo vítima de problemas respiratórios agravados pelo Mal de Parkinson.
Além do pedido de sessão, Fagundes avisou que pretende apresentar projetos em reconhecimento ao trabalho do bispo, como a criação de um parque municipal, de um local de preservação de animais silvestres e de uma área de preservação ambiental com o foco na regularização fundiária.
“A orientação espiritual e filosófica de Dom Pedro restará um grande vazio, difícil de ser preenchido, porém o seu amor, a sua luta e suas inspirações serão bússolas para o nosso caminhar daqui para frente”, disse o senador de Mato Grosso em entrevista à Rádio Senado.
Casaldáliga foi um grande defensor dos direitos humanos no país e tornou-se conhecido por suas posições políticas, no combate à violência dos conflitos agrários e a favor das causas indígenas. Sua luta em favor dos mais pobres fez com que recebesse ameaças de morte. O bispo foi um dos fundadores do Conselho Missionário Indígena e da Pastoral da Terra e destacou-se na literatura.
Aposentado desde 2015, o bispo enfrentava problemas de saúde e no dia 8 não resistiu após ficar internado por sete dias numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Batatais (SP). Primeiro ele foi velado no interior paulista, depois em Ribeirão Cascalheira (MT) e, por fim, em São Félix do Araguaia, onde foi sepultado no cemitério Karajá, às margens do Ri o Araguaia.
