A secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema) solicitou ao presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), Rodrigo Mendonça, celeridade na integração dos dados do novo Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora 2.0) com o sistema federal DOF Rastreabilidade.
A agenda ocorreu ontem, na sede do órgão ambiental federal, em Brasília (DF). Segundo a Sema, a integração dos dados é necessária para a fase final de implementação do sistema estadual e garantir a rastreabilidade da madeira.
“Mato Grosso está avançado na implantação do sistema e necessita de urgência na resolução de algumas questões técnicas que impedem a integração das informações de Mato Grosso com o sistema federal. A rastreabilidade da madeira é uma pauta prioritária para o Estado”, destaca a secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti.
Conforme o presidente do Ibama, a intenção do órgão federal é colaborar para melhoria da rastreabilidade no país. “Vamos fazer a integração o mais rápido que pudermos e depois realizaremos outros ajustes que forem necessários ao bom funcionamento do sistema”, afirma.
De acordo com a Sema, há, ainda, outros ajustes técnicos que devem ser analisados, como, por exemplo, a conferência automática de notas fiscais inseridas no sistema estadual, que não acontece no federal. Ainda, o prazo da guia florestal de Mato Grosso que é de 15 dias, enquanto a federal é de apenas 7 dias.
A Sema-MT também propôs a oferta de capacitação aos técnicos do Ibama sobre como operar o Sisflora 2,0 e as principais diferenças entre o sistema federal e o estadual. Será criado um grupo de trabalho para discutir os detalhes técnicos levantados pelo órgão ambiental estadual.
Mato Grosso possui um sistema próprio de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais que atende às especificidades do setor florestal do estado. Para a Sema, o Sisflora 2.0 representa o avanço do sistema anterior, com o objetivo de implementar a rastreabilidade da madeira.
“A cadeia de custódia vai trazer segurança, controle e monitoramento do volume autorizado na exploração florestal e do volume efetivo transportado. Com a rastreabilidade, a madeira chega ao consumidor final com a garantia de que foi retirada de forma legal da natureza”, afirma a secretaria.
O novo sistema estadual já está no ar e em fase de migração de informações. Hoje, não é mais possível utilizar o sistema estadual anterior, novos cadastros devem ser feitos diretamente no Sisflora 2.0, por meio do site da secretaria estadual de Meio Ambiente.