A juíza Selma Arruda desmentiu boatos de que estaria tentando deixar a 7ª Vara Criminal por meio de permuta com outro magistrado. A informação circulou em veículos de comunicação nesta semana e Selma fez questão de esclarecer a questão durante entrevista concedida ao programa Cadeia Neles, da TV Record, nesta sexta-feira (4).
“Saiu na imprensa que eu gostaria de trocar de lugar com outro colega, foi uma história indevidamente plantada, eu gostaria muito de saber por quem e por que, mas não é verdadeira”, afirmou.
Segundo ela, sua “missão”, como gosta de chamar o trabalho que exerce na condução de casos emblemático envolvendo crimes de corrupção no governo e órgãos públicos, deve continuar até o final deste ano, quando ela deve se aposentar. “Eu vou continuar ali até terminar minha missão”, disse.
Selma também aproveitou para negar que após a aposentadoria vá seguir o caminho da política, possibilidade aventada devido ao destaque que a magistrada tem recebido pelo trabalho.
Para a magistrada, no entanto, a ênfase na mídia é usada somente para prestar contas do seu trabalho feito à sociedade. “Quando dizem que sou midiática, eu não me importo de dizerem isso”.
Já no que diz respeito aos diversos pedidos de sua suspeição formulados por advogados de alguns réus, a magistrada afirmou que tudo não passa de estratégia de defesa. No final de julho, ela rejeitou um pedido de suspeição formulado pelo advogado Francisco Faiad, réu na 4ª fase da Operação Sodoma.
Além de Faiad, a magistrada lembrou que o ex-governador Silval Barbosa, bem como o ex-deputado José Riva também entraram com pedido de suspeição em outros processos. “Essa é uma postura com o qual me acostumei. Vários réus fazem, faz parte da estratégia de defesa essa posição de atacar o julgador. Para mim é normal, faz parte da guerra”.