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Selma arruda diz que não se filiou a Bolsonaro e sim ao PSL e aponta semelhanças ideológicas

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Ao lado do deputado federal Victório Galli (PSL) e do vice-prefeito de Lucas do Rio Verde, Sílvio Fávero (PSL), a juíza aposentada Selma Arruda se filiou ao PSL, ontem à tarde. Pré-candidata ao Senado, ela explicou a decisão alegando “semelhanças ideológicas”, mas buscou fugir das polêmicas envolvendo a principal liderança da sigla, o deputado federal Jair Bolsonaro, pré-candidato à presidência da República.

“Não me filiei ao Bolsonaro e, sim, ao PSL. Minhas ideias são minhas e vou sustentá-las. Se não forem as mesmas que a do presidente da República, paciência”, disse, ao tratar de assuntos como homofobia, machismo e racismo.

Apesar do discurso, Selma aderiu a uma das principais bandeiras de Bolsonaro, a flexibilização do porte de armas no Brasil. “Você deve autorizar, sim, o armamento. Eu sou uma pessoa de bem e não posso ter arma, mas o cara que te assalta na esquina pode. As leis são muito bonitas no papel, mas elas não podem ser aplicadas. Quando você tem uma lei hipócrita, que prega o desarmamento, mas um Estado mais hipócrita ainda, que não consegue conter quem anda armado, você deve regularizar para que as pessoas de bem também andem armadas“, ressaltou.

Selma Arruda também se mostrou afinada com a proposta de “Estado mínimo” que Bolsonaro vem defendendo em sua pré-campanha ao Palácio do Planalto. “O liberalismo coaduna com o combate à corrupção porque, quando você tem um Estado enxuto e as necessidades básicas são geridas pela própria sociedade e não pelo Estado, diminui a possibilidade da ocorrência da corrupção. Quanto maior o Estado, mais bagunçado e corrupto”, argumentou.

A correligionária de Bolsonaro e Galli também se mostrou bastante “entusiasmada” com a disputa ao Senado. “A forma que me vejo atuando é na legislação, porque eu trabalhei a minha vida inteira com lei e é com isso que sei mexer. Eu não tenho pretensão de ser governadora, já adianto isso para todo mundo. Tenho dito e redito: eu não tenho experiência administrativa”, enfatizou.

Durante a entrevista que concedeu após assinar a ficha de filiação partidária, a juíza aposentada também explicou porque resolveu atuar politicamente, deixando a magistratura.

“Só tive a certeza que devia e que podia fazer alguma coisa quando proferi uma sentença da Operação Sodoma 1, com mais de 400 laudas. Um livro. Nessa sentença, percebi que não houve resultado prático nenhum. Não consegui, agindo da forma como a lei determinava, aplicar a justiça como eu achava que deveria ser feito. As imposições da lei me obrigavam, me amarravam naquilo ali”, exemplificou.

A Operação Sodoma, citada por Selma, foi a que levou à prisão o ex-governador Silval Barbosa e boa parte do núcleo de seu governo. Com cinco fases, a investigação apura uma série de esquemas de corrupção usados, principalmente, para desviar dinheiro público para bancar ou quitar dívidas de campanhas.

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