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Segundo turno em Cuiabá foi a eleição mais tranquila dos últimos 20 anos, diz desembargadora

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A presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desembargadora Maria Helena Póvoas, classificou o dia 30 – dia da votação em segundo turno na capital mato-grossense – como o mais calmo dos últimos 20 anos. Apesar da calmaria e do tribunal não ter registrado nenhuma ocorrência grave em Cuiabá, a magistrada disse que “modus operandi” da antiga política refletiu diretamente no alto número de abstenções deste pleito. Maria Helena Póvoas deu as declarações poucos minutos após do término da apuração, no Centro de Evento Pantanal, em Cuiabá.

Maria Helena analisou positivamente o dia das eleições neste segundo turno da capital. Contudo, chamou a atenção para as graves denúncias – de compras de votos e abuso de poder econômico – registradas durante a semana. “A semana foi realmente bastante movimentada e com várias ocorrências, o que é normal para o pleito político. No decorrer da semana ocorreram algumas denúncias graves, como compra de votos, o que já está sendo investigado. Isso é um ponto seríssimo que nós da Justiça eleitoral iremos continuar apurando, mesmo após o termino das eleições”.

Além disso, a desembargadora explicou que exceto duas prisões de eleitores que estavam fotografando as urnas e outro que estava alcoolizado e precisou ser retirado da sessão não houve casos graves neste domingo. “Analisando o ‘todo’ [dessas eleições], eu tenho plena convicção que foi o pleito mais tranquilo de Mato Grosso. Não tivemos – como outrora – polícia invadindo comitê, trucagem de última hora e outras coisas mais. Parece que nesse pleito os candidatos aprenderam as lições de casa”.

Para a presidente do TRE-MT, os políticos devem pensar duas vezes antes de propagar qualquer coisa na mídia e nas redes sociais. “O TRE se municiou de várias ferramentas para auxiliar e fiscalizar a conduta dos candidatos e também ofereceu meios poderosos e tecnologias para que o eleitor fosse os olhos dos juízes eleitorais nos bairros e cidades de Mato Grosso. O eleitor colaborou, a sociedade teve um papel fundamental nessa fiscalização. O eleitor respondeu ao nosso chamado e os candidatos pensaram duas vezes antes de fazer qualquer traquinagem”.

O segundo turno da capital foi marcado pelo alto índice de abstenções: ao todo foram 104.235 abstenções (ou seja, 25,11% dos eleitores não foram votar); Votos brancos somaram 12.909 (4,15%); 36.594 eleitores anularam os votos (11,77%). Nesse domingo, compareceram as urnas 310.863 eleitores (74,89%) do total de 415.098 aptos a votar.

A desembargadora Maria Helena disse que o índice de abstenções é consequência do velho jogo político. “É preciso que os candidatos também reflitam o índice de votos brancos, nulos e quem não veio votar que foi muito alto. O político precisa refletir seu modus operandi: até que ponto isso não está diretamente se voltando contra eles, com uma eleição de ataques e que não prima pelo bem da cidade. O político tem que pensar muito antes de jogar uma propaganda no ar hoje em dia”.

 A presidente do TRE-MT disse que o trabalho dos juízes e desembargadores da Justiça Eleitoral não acabou com o fim das eleições. “Agora o TRE-MT reinicia um ciclo com trabalho, trabalho e mais trabalho. Os juízes de primeira instância, que legalmente são os magistrados que julgam os casos eleitorais, se debruçarão em muita pesquisa e trabalho para finalizar os últimos detalhes e casos destas eleições. Até mesmo em Cuiabá, acredito que possa ter mais desdobramentos, entre eles. Os magistrados do TRE-MT também julgarão os recursos que tiverem pedidos em instância superior a primeira instância”.

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