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Secretários da prefeitura de Peixoto de Azevedo recebiam mensalão, diz promotor

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O Ministério Público de Peixoto de Azevedo descobriu a existência de um mensalão – repasse mensal de dinheiro oriundo de fraudes na prefeitura- para dois secretários municipais: Paulo Missassi, de Finanças (que está preso) e Antenor Santos, de Governo, que se entregou nesta segunda-feira(19) de manhã. A confirmação foi feita, em primeira mão, ao Só Notícias, pelo promotor Adriano Alves. Ele obteve a comprovação após quebra de sigilio bancário da prefeitura e de duas contas que movimentavam dinheiro de pagamentos de despesas inexistentes, esquemas de fraudes em licitações e outras irregularidades. “O repasse mensal variava de R$ 12 e R$ 16 mil, feitos pelo Aldo Leite (ex-funcionário de uma gráfica) que confessou ter produzido notas fiscais falsas para receber dinheiro da prefeitura e, que, mensalmente fazia os repasses para os secretários. Ele confessou que entregava o dinheiro na prefeitura. Uma vez era para Paulo e outra para Antenor. Fazia um repasse mensal e não sabia como era feita a divisão do dinheiro entre os acusados”, afirmou o promotor. “O dinheiro saía com base em notas fiscais frias de vendas de produtos e prestação de serviços que não existiam”, acrescentou . Aldo, de acordo com o MP, era quem operava o mensalão para os secretários. “Com a quebra de sigilo de bancário vamos ter acesso a mais informações que podem apontar mais envolvidos no esquema”, afirmou Adriano, que suspeita terem sido movimentados R$ 300 mil. O MP calcula que, somados com fraudes em licitações e outras irregularidades, as fraudes sejam de R$ 2 milhões e foram praticadas desde 2005.

Ele disse que, até agora, não foi constatado repasse para o secretário de Administração, Edmar Heller – marido da prefeita Baiana Heller, preso também desde sexta-feira quando houve a operação do GAECO (Grupo de Apoio e Cmbate ao Crime Organizado) que resultou em 11 prisões, apreensão de 40 carimbos de empresas (algumas de outros Estados) que estavam no departamento de contabilidade da prefeitura e seriam usados para burlar licitações. Algumas disseram ao MP que não participavam de licitações em Peixoto nem tinham representantes na cidade. O Ministerio Público vai apurar denúncia, feita por um dos acusados que foi preso, que Edmar supostamente teria dado ordem para favorecer determinadas empresas para serem vitoriosas em licitações e venderem produtos ou fazerem obras. “Dois empresários confessaram que foram beneficiados em licitações por ordem de Heller”, esclareceu o promotor.

Edmar e o secretário de Finanças, Paulo Missassi (primo da prefeita) continuam presos, desde sexta-feira (16) bem como Aldo Leite. Outras 9 pessoas que tiveram prisões temporárias decretadas prestaram depoimentos e foram liberadas. “Temos muita coisa para ser investigada e estamos tendo muita cautela na apuração”, acrescentou o promotor. Contra a prefeita Baiana Heller não há nenhuma acusação.

O Ministério Público quer indiciar os secretários Missassi e Antenor Santos por corrupção e formação de quadrilha. Missassi está preso no fórum de Matupá. Edmar e Aldo Leite continuam na cadeia de Peixoto.

Outro lado
Os acusados Paulo Missassi, Edmar Heller e Aldo Leite, que estão presos, não podem conceder entrevistas. Paulo e Edmar estão constituindo advogados para se defenderem. O advogado de Antenor Santos não foi localizado. A prefeita Baiana Heller disse, na sexta-feira à noite, que a assessoria jurídica da prefeitura está se inteirando do caso para se pronunciar.

(Atualizada às 08:59hs em 19/03/07)

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