No encontro regional do Partido Solidariedade (SD), em Cuiabá, esta manhã, o secretário executivo da nacional, Marcilio Duarte Lima afirmou que aqueles que querem bagunçar, ou plantar discórdia internamente na legenda, aqui em Mato Grosso, ele mesmo ficará encarregado de pedir a expulsão do filiado. A fala do secretário é referente ao impasse interno que vem ocorrendo entre a Força Sindical e outras lideranças da sigla, com o presidente regional, deputado Adalto de Freitas, Daltinho, por conta da diretoria do partido.
“Em todos os partidos têm esse tipo de gente, esse tipo de elemento, que é o plantador da discórdia. Querem confusão, mas aos poucos iremos limpando essas pessoas. Vamos observar os gestos e ações dessas pessoas, porque se deixar solto, eles interferem e plantam a discórdia. Mas se continuar assim, nós mandaremos embora, não vamos aceitar isso em nosso convívio. Eu sou o proponente dessa expulsão, se eu sentir que tem alguém tentando prejudicar o partido, nos vamos por para fora”.
Sem citar nomes, Marcilio garantiu que se reuniu com “essas pessoas”, que supostamente são Manoel Dias, presidente da Força Sindical e José Carlos do Pátio, ex-prefeito de Rondonópolis, ao qual travaram o embate com o Daltinho. A reunião, segundo ele, durou mais de 6 horas, no Hotel Paiaguás, mas não conseguiu chegar a um acordo com as lideranças. “Eu fiquei encarregado de fazer a harmonia e a conciliação. Mas, infelizmente não obtive êxito, porque o pessoal da Força, que também é minha origem, não concordou em nada. Toda vez que chegávamos a um determinado ponto, eles exigiam mais. Ficou nítido que eles não estavam interessados na harmonia”.
O secretário nacional ponderou que Manoel Dias foi o mais fácil de lidar, mas que percebeu que há companheiros que tem outros tipos de interesses. “A questão partidária é muito melindrosa, porque na política cada um tem seu projeto pessoal e nem sempre os projetos coincidem. Mas eles não foram claros comigo. Ficamos por mais de 6 horas reunidos e eles reivindicavam uma coisa, daí nós cedíamos e depois eles diziam que não queriam mais. Manoel até que é mais fácil de lidar, mas outros companheiros, que não vou nem citar os nomes, demonstraram outros interesses, outras posições, que não me agradaram”.
Marcilio relatou a reunião, segundo ele, minuciosamente, ao presidente nacional, Paulinho da Força. “Tivemos uma reunião essa semana, em Brasília, e o Paulinho só fez um pedido, para harmonizar a situação de MT e levar o pessoal da Força (a Brasília). Mas eu expliquei a ele que o pessoal da Força só não estava lá (na mobilização no 1º de Maio da Força Sindical), porque não quiseram. Eu fui e repito, o tentador de organizar essa harmonia e eu não consegui, porque tudo que eles requereram, nós cedemos; depois eles disseram que não queriam mais e a gente não podia deixar de realizar a celebração da convenção”.
Acontece que Manoel Dias e Zé do Pátio, estão insatisfeitos com a condução de Daltinho a frente da legenda, inclusive com a composição da diretoria. Acontece que Pátio reivindicava a secretaria-geral, enquanto Manoel a tesouraria. Eles alegam falta de espaço dentro do diretório e solicitaram a intervenção da nacional do SD. Nesta terça-feira (13), eles deverão ir a Brasília reunir com o presidente, Paulinho da Força, uma vez que a tentativa com o secretário-geral não tiveram sucesso.