No ano eleitoral, o secretário de Fazenda, Eder Moraes, garante: vai manter a austeridade dos gastos do Governo. Em outras palavras, quem estiver pensando em uso da máquina para beneficiar este ou aquele candidato ou mesmo o candidato do Governo, o vice-governador Silval Barbosa, pode ir colocando as barbas de molho. Essa situação vai perdurar enquanto permanecer no cargo. “A austeridade é a marca deste Governo” – disse o secretário, que vai completar dois anos como secretário. Ele substituiu a Valdir Teis, nomeado conselheiro do Tribunal de Contas, homem da mais estreita confiança do governador Blairo Maggi.
Todos os esforços, segundo Eder Moraes, será para eleger Silval Barbosa. Mas que esse objetivo passa muito distante dos cofres público e da política fiscal do Estado. Ao participar de um programa de entrevista, o secretário de Fazenda disse que não tem medo de perder o cargo por conta dessa determinação. “Não nasci colado na cadeira. Chega um momento tem que sair. Quem decidirá é o vice" – disse. Até onde se sabe, da atual equipe do Governo, Moraes é um dos poucos que devem permanecer.
O secretário está comemorando o aumento na arrecadação do Estado desde que assumiu a secretaria. Antes Eder Moraes era presidente da MT Fomento. A arrecadação do Estado era de R$ 6,5 bilhões e pulou, em dois anos, para R$ 9,6 bilhões – um incremento de R$ 3,1 bilhões nos cofres do Estado. Segundo Eder todo o excesso de arrecadação é repassado aos investimentos do Governo. Esse incremento, segundo ele, se deve a gestão de responsabilidade e combate a sonegação.
Apesar de investimentos quer com a informatização e a determinação relacionada ao esforço fiscal – que rendeu duros embates entre a classe empresarial e o Governo – ainda existe fraudes gigantescas, admite o secretário. Conceitualmente, o secretário emitiu um aviso intimidador: "Quem esta burlando o fisco é por pouco tempo para casa cair".
Eder também aproveitou para abrir os olhos dos eleitores para o chamado discurso fácil dos candidatos nas eleições que ocorrerão no segundo semestre. Ele lembrou que existem postulantes aos cargos eletivos construindo verdadeiras plataformas eleitorais em cima do fisco. Segundo Eder esta troca de votos que estes candidatos querem para diminuir o imposto “é coisa de Pinóquio”.
Por outro lado, atacou a politicagem e também o discurso fácil sobre os incentivos fiscais, necessários para atrair investimentos privados. Ele lembrou que a Prefeitura de Cuiabá também concede incentivos. Moraes não escondeu que está disposto a levar uma discussão mais aprofundada sobre os interesses do Estado e o discurso da oposição, capiutaneada pelo prefeito Wilson Santos. Moraes e o secretário de Finanças da Prefeitura, Guilherme Müller, a rigor, tem trocado duras críticas nos últimos meses.
O secretário emitiu aviso direto para as empresas que exploram o transporte coletivo. “É melhor estas empresas de transportes irregulares desocuparem a fila, porque a fiscalização será rigorosa. Hoje os sonegadores estão pagando impostos” – acentuou. Com efeito, lembrou que a mentira pregada no passada faz com que hoje a sociedade pague a conta. "Tem coisas absurdas acontecendo” – disse, revelando a existência, inclusive, da existência de empresas de fachadas abertas na fronteira, mas que a Polícia Federal e o Gaeco estão acompanhando e a “casa ira cair".