O secretário de Estado de Fazenda, Gustavo Oliveira, afirma que o governo do Estado está aberto a negociações com os servidores públicos que questionam o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) relativo ao exercício financeiro de 2018, mas garante que não haverá acordo se o Fórum Sindical deflagrar greve no Estado. "Estamos abertos à negociação, porém, não vamos admitir que haja greve. É um momento de negociar e não de radicalizar".
Uma reunião entre o governador Pedro Taques, os secretários de Fazenda e de Comunicação Gustavo Oliveira e Kleber Lima, respectivamente, e representantes do Fórum Sindical, foi realizada esta manhã, intermediada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (PSB). "Discutimos o assunto e estamos aguardando uma proposta do Fórum Sindical para que a gente possa então avaliar quais são as possibilidades".
O secretário explica ainda que o Estado não está preparado para aumentar o valor da RGA e que, caso isso aconteça, o montante terá que ser cortado de outro local. "Uma proposta que implique no desembolso a mais vai acarretar em cortes financeiros em outros setores".
Uma nova reunião está agendada para às 16h, quando o Fórum Sindical deve apresentar uma proposta ao Governo.
Os servidores de diversas áreas do Estado cruzaram os braços nesta quarta-feira em protesto contra a decisão do Governo de pagar as RGA 2017 e 2018 de forma parcelada. Uma manifestação está sendo realizada em frente à Assembleia Legislativa, desde as 8h.
O governo propôs pagar a RGA 2017, aferida em 2016 com índice de 6,58%, em três parcelas, sendo as duas primeiras de 2,15% e a última de 2,14%, apenas em 2018. Já o pagamento da RGA 2018, do ano-base 2017, estimada em 4,19%, deve ser feito em duas parcelas, sendo a primeira de 2% em dezembro de 2018 e, a outra, de 2,14% em março de 2019.