O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, voltou a reclamar do negacionismo, que, segundo ele, tem afastado a população das vacinas contra a covid-19. Em entrevista, o gestor estadual afirmou que o ritmo da imunização infantil em Mato Grosso é considerado lento. Neste momento, apenas 15% das crianças vacináveis receberam o imunizante.
“Existe vacina suficiente e existe cada dia mais um negacionismo para afastar as pessoas dos postos de vacinação. E os secretários municipais e prefeitos se desdobram para montar estratégias que facilitem a cobertura vacinal. É triste porque hoje só tem uma possibilidade prática de reduzir hospitalizações e óbitos que é a vacina. E nós continuamos gastando fortuna tendo que ampliar leitos. É um custo considerável para atender as pessoas que não querem se vacinar e acabam indo para um leito de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo)”, afirmou Gilberto.
O secretário ainda citou os investimentos feitos pelo governo do Estado na aquisição de equipamentos para armazenamento das vacinas e que, atualmente, Mato Grosso tem um “estoque robusto” de imunizantes. O gestor também alertou que, caso os números de cobertura vacinal não melhorem, será obrigado a pedir ao ministério da Saúde para diminuir a quantidade de vacinas encaminhadas a Mato Grosso.
“Fizemos ampliação substancial na nossa central imunobiológico, considerada a central de frios, onde ficam estocadas todas as vacinas. Compramos um número substancial de freezers para armazenagem, inclusive da Pfizer, que é armazenada a 80 graus negativos. Só que existe hoje um estoque robusto nos municípios e na central. Se não houver aceleração, evolução da regra que está hoje aí para ser executada nos municípios, vamos ter que notificar o Ministério para diminuir o fluxo de vacina para Mato Grosso”, disse.
Nesta quarta-feira, conforme Só Notícias já informou, mais 12 mato-grossenses morreram em decorrência da doença. Na terça, o Estado registrou 23 óbitos. Na segunda-feira foram 52 (acumulado desde sábado), na sexta-feira mais 16, e quinta-feira 17. Com as últimas confirmações, subiu para 14.598 o total.
Consta ainda no documento que 182 pessoas estão internadas em Unidades de Terapia Intensiva públicas (havia 186). A taxa de ocupação baixou para 64,95% (estava em 66,55%). Nas enfermarias, a ocupação é de 24% com 111 pacientes recebendo atendimento.