O secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo disse, esta manhã, em entrevista coletiva pela internet, que o médico e ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, não teve tempo de analisar o cenário e dar resultabilidade aos problemas que já existiam, no órgão federal. “A impressão que dá é que o ministro não apenas saiu. Ele nem se quer chegou. Não houve tempo para ele constituir uma equipe. Ele fez reuniões virtuais com governadores e secretários de Estado. A corrente de discussão é que não houve resultabilidade clara dos problemas existentes”.
Figueiredo afirmou ainda novo ministro deverá “acelerar os passos de se interagir com os problemas do Ministério da Saúde e apresentar soluções mais rápidas. Já estamos angustiados com a protelação das decisões tomadas, em especial, daquelas que nos ajudem na ampliação de leitos e habilitação dos leitos pleiteados por cada Estado. Principalmente, no envio dos equipamentos para isso”.
Conforme Só Notícias já informou, Nelson Teich deixou com menos de 1 mês o cargo de ministro da Saúde na última sexta-feira, depois de discordar do presidente Jair Bolsonaro sobre o uso do medicamento hidroxicloroquina em larga escala, que, segundo ele, pode provocar danos à saúde do paciente.
Em seu pronunciamento de despedida, no qual fez um balanço da sua curta atuação à frente da pasta, no qual assumiu no lugar de Luiz Henrique Mandetta disse que escolheu sair, que “deu o melhor” de si e que aceitou o convite “não pelo cargo”, mas “porque queria tentar ajudar as pessoas”. Ele não entrou em detalhes sobre as razões da saída. Havia divergências entre ele e o presidente Jair Bolsonaro sobre temas como o distanciamento social e o uso da cloroquina para o tratamento da Covid-19.
O substituto ainda não foi anunciado pelo governo Bolsonaro. No lugar de Teich, está o ministro interino Eduardo Pazzuelo.