O secretário de Estado de Meio Ambiente, Luiz Henrique Daldegan, questionou ontem o estudo anunciado pela ONG Greenpeace durante o Fórum Social Mundial que ocorre em Belém (PA) e que trata da da devastação na Amazônia por conta da pecuária. A pesquisa foi feita principalmente com dados de Mato Grosso.
Daldegan alega que o monitoramento se baseou apenas em poucas imagens e que o governo de Mato Grosso não foi ouvido em nenhum momento. Frisou ainda que o desmatamento vem diminuindo desde 2003, depois que o governador Blairo Maggi assumiu o comando do Palácio Paiaguás.
O estudo foi anunciado sob título “O rastro da pecuária na Amazônia” e mostra que a maior parte das áreas já desmatadas da Amazônia está hoje ocupada por gado, sendo que mais de 17% da área de cobertura original da floresta já foi destruída.
“Esse estudo é um trabalho acadêmico e que teve o monitoramento feito a partir da análise de fotografias de satélite. Os dados oficiais mostram que o desmatamento caiu nos últimos anos e se manteve em queda de mais de 72% depois da posse do governador Blairo Maggi, em 2002”, afirmou Daldegan.
Em seu estudo, o coordenador do Greenpeace, André Mugiatti, afirma que Mato Grosso é o maior criador de gado do país e o maior produtor de soja, fazendo com que o Estado passasse a ter o maior desmatamento acumulado na região amazônica nos últimos anos. Cerca de 120 mil pessoas de 130 países participam do Fórum Social Mundial em Belém e terão acesso ao estudo.
“Vale ressaltar que esse estudo não trata exclusivamente do desmatamento e sim do uso indevido da pecuária na região amazônica. O que não podemos é confundir as coisas e esquecer o trabalho que vem sendo feito”, completou Daldegan, durante inauguração do residencial Ilza Picoli Pagot, localizado no bairro Aroeira, em Cuiabá.