A implantação da Escola Militar Tiradentes em Guarantã do Norte (252 quilômetros de Sinop) foi confirmada pelo secretário estadual de Educação, Alan Porto. O anúncio foi feito pelo gestor em reunião realizada hoje, em Cuiabá, com o prefeito Érico Stevan, vice-prefeito, Marcio Caovilla, e a secretária municipal de Educação, Diane Tonon Caovilla.
“Quero aqui agradecer a parceria firmada com o governador Mauro Mendes, que sempre atende as demandas de Guarantã do Norte, o secretário Alan Porto, que tem trabalhado para fortalecer e oferecer uma educação com mais qualidade nas escolas de Mato Grosso, e também o deputado estadual Diego Guimarães, que fez as intervenções para implantação da escola Militar Tiradentes em nosso município. Através desta gestão compartilhada, conseguiremos ofertar a melhor educação para os filhos de Guarantã, afirmou Estevan.
A prefeitura divulgou detalhes da reunião e informou que a escola Tiradentes entrará em funcionamento no início do ano letivo de 2024. A unidade será instalada no prédio da Escola Estadual Albert Einstein, que está passando por reforma.
No mês passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião no palácio do Planalto, afirmou que irá descontinuar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militar (Pecim), criado em 2019 pelo governo de Jair Bolsonaro. A ideia, segundo relatou o presidente, é não abrir para novas adesões ao programa daqui em diante, mas sem necessariamente desmanchar o que foi feito.
Até o fim do ano passado, cerca de 200 escolas públicas de todo o país haviam aderido ao programa do governo federal, que oferece capacitação pedagógica aos militares, certificação das escolas e envio de recursos para melhorias estruturais nas unidades. Em janeiro, o governo já havia publicado portaria extinguindo a diretoria responsável pelas escolas cívico-militares no MEC. A estrutura era vinculada à Secretaria de Educação Básica do ministério.
O modelo cívico-militar é diferente do modelo das escolas militares mantidas pelas Forças Armadas. De acordo com o MEC, as secretarias estaduais de Educação continuam responsáveis pelos currículos escolares, que é o mesmo das escolas civis. Os militares, que podem ser integrantes da Polícia Militar ou das Forças Armadas, atuam como monitores na gestão educacional, estabelecendo normas de convivência e aplicando medidas disciplinares, mas, em tese, não podem interferir no ensino.
Em fevereiro deste ano, o Governo de Mato Grosso entregou duas escolas militares em Primavera do Leste e Água Boa, hoje. Juntas, as novas unidades vão atender mais de 1,5 mil estudantes.