O vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE), desembargador Luiz Ferreira da Silva, deu prazo de 5 dias para a defesa da secretária estadual de transparência e combate à corrupção, Adriana Vandoni, sanar falhas nas contas da campanha à deputada estadual, do pleito passado. O pedido foi excepcionalmente aceito, porque a relatoria havia deixado de fazer análise dele, antes de inclusão em votação. O parecer da equipe técnica era pela reprovação, até essa fase do processo.
Só Notícias teve acesso ao relatório conclusivo, no qual entre as falhas, a equipe técnica do TRE apontou que há recursos de origem não identificada recebidos indiretamente, no montante de R$ 26.424,52. É destacado que “embora a candidata tenha informado o doador originário, contudo não foi apresentado o extrato da prestação de contas retificadora em desacordo com o art. 50 da Resolução/TSE n° 23.406/2014”.
No documento, ainda é apontado que foram detectadas divergências entre os dados dos fornecedores constantes da prestação de contas e as informações constantes da base de dados da Secretaria da Receita Federal. É justificado quea candidata informou que “em razão do longo tempo que se passou após o pleito eleitoral, não conseguiu contatar as pessoas para buscar o número do CPF faltante”. Alegou ainda que seguiram em anexo os cheques nomináveis emitidos às respectivas pessoas, bem como os recibos devidamente assinados. O que não foi suficiente para análise da equipe técnica, que destacou o acostamento do comprovante de situação cadastral no CPF somente de uma pessoa e não dos outros fornecedores, para regularizar a situação.
Números divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que Adriana declarou ter arrecadado pouco mais de R$360,5 mil na campanha, de pessoas físicas e jurídicas. Cerca de R$ 352 mil foram gastos com pessoal, publicidade, entre outras despesas.