O deputado Mauro Savi (PR) considerou nesta quarta-feira (29) como suspeitas as gravações divulgadas pela imprensa e que tentam fazer a ligação com senador Blairo Maggi (PR) com o esquema conhecido como Dossiê dos Aloprados que seriam gravações supostamente comprometedoras do envolvimento de tucanos com a Máfia das Sanguessugas que vendiam ambulâncias superfaturadas para o Poder Público através de emendas parlamentares.
“É uma gravação feita não se sabe para que fim. São falas em meio a barulhos e de uma única pessoa. Qual o intuito disto a não ser prejudicar as pessoas?”, perguntou o parlamentar lembrando que em 2006 a vantagem do então governador Blairo Maggi, candidato a reeleição era mais do que o dobro de todos os outros postulantes, os senadores Serys Marli e Antero Paes de Barros entre outros.
Savi apontou que o melhor caminho a ser adotado numa negociata que se existiu não obteve nenhum sucesso é buscar os caminhos da justiça. “Está certo o senador em pedir ao Ministério Público Federal e a Polícia Federal que investiguem a gravação que é confusa, truncada e que mais parece uma armação do que algo com alguma verdade a ser esclarecida”, disse o deputado estadual, lembrando ainda que ao acionar o ex-bancário na justiça, Blairo Maggi vai dar a oportunidade de a Justiça esclarecer os fatos e principalmente dirimir as dúvidas que possam existir, “se é que o empresário tem as provas que disse existirem”.
O parlamentar republicano lamentou que este tipo de coisa ainda aconteça em política e frisou que as artimanhas tem uma única intenção, acabar com a credibilidade dos homens de bens que entraram na política, como Blairo Maggi que por não compactuar com as regras impostas por alguns grupos que fazem da política meio de sobrevivência, acabam sendo injustamente caluniados.
“É preocupante que este tipo de questão ainda tenha apelo, mas acho que o melhor caminho já foi adotado, que é buscar na Justiça os esclarecimentos. Se realmente existisse algo, porque o então denunciante Expedido Velloso, na época, ou seja, lá em 2006, cinco anos atrás, não foi a Polícia Federal que apreendeu mais de R$ 1,7 milhão e pessoas ligadas ao Dossiê dos Aloprados para falar o que ele sabia. Será que era porque ele ocupava um cargo importante na esfera federal, de um governo do PT?”, disse Mauro Savi.
Concluindo o republicado disse ainda achar estranha uma negociação de venda de um suposto dossiê para prejudicar as eleições no maior e mais rico estado brasileiro que é São Paulo por R$ 1,7 milhão, mas que teria custado antes R$ 2 milhões em Mato Grosso para prejudicar candidatos de oposição que juntos não chegaram a nenhum momento da disputa a ameaçar a reeleição de Blairo Maggi.
“Blairo Maggi foi reeleito com 922 mil votos, contra 488 mil dados aos outros sete candidatos de oposição, os senadores Serys e Antero e os demais postulantes. Acho as acusações sérias, mais risíveis e carentes de credibilidade e até mesmo de receber a atenção das pessoas”, explicou Mauro Savi.