O deputado Percival Muniz (PPS) avaliou hoje que o depoimento do presidente do Sindicato dos Médicos, Luiz Alvarenga, para a CPI da Saúde na manhã de terça-feira, dia 24, só comprovou o caos generalizado que vive a saúde em Cuiabá e em Mato Grosso. A oitiva de Alvarenga foi a primeira pela CPI. “O relato dele (Alvaregenga) nesta oitiva da CPI só veio para confirmar o caos generalizado na saúde em nosso estado, pois não há estrutura para atender a população, que está morrendo a mingua”, disse Muniz, observando que quando os deputados da CPI estiveram no Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá constaram que há falta de medicamento e até de água destilada para o trabalho dos médicos e enfermeiros.
Percival analisou, também, que a grave situação chega a ser “um caso de polícia”, pois, apesar de tanto recursos investidos no setor, conforme palavras do presidente do sindicato “muitas pessoas falecem, não por conta dos médicos, mas por falta de recursos materiais para salvar vidas. Muitas vidas poderiam ter sido salvas”.
“Isto é um absurdo. São pessoas que pagam para ter uma saúde de qualidade, mas que acabam morrendo por omissão ou incompetência dos governantes”, ressaltou Percival, lembrando que somente em Cuiabá são investidos mensalmente cerca de R$ 30 milhões no setor, um R$ 1 milhão por dia, e a população quando precisa do atendimento da saúde pública não encontra.
O deputado Percival Muniz defendeu ainda mais atenção dos governantes para com a saúde, ou seja, buscar ampliar os investimentos atuais. “O governo do Estado precisa construir em Cuiabá um hospital de retaguarda e melhorar as condições de atendimento nos hospitais regionais, que hoje é uma calamidade. Já a prefeitura de Cuiabá deve investir mais na saúde preventiva e no atendimento de urgência e emergência do Pronto Socorro”, assinala.
A CPI da Saúde Pública aprovou a convocação do presidente do Conselho Regional de Medicina – CRM, Arlan de Azevedo para o próximo dia 3 (quinta-feira), às 14 horas. Nesta quinta-feira, dia 26, às 14 horas, a CPI da Saúde visitará os hospitais que foram adquiridos pelo governo do Estado. Às 17, será o antigo Modelo e às 16 horas, o São Tomé.