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Sanguessuga: STF manda prender novamente todos envolvidos em fraudes

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Agentes da Polícia Federal estão tentando recapturar os acusados de participarem do esquema de venda superfatura de ambulâncias, adquiridas com recursos do Ministério da Saúde a partir de verbas consignadas através de emendas parlamentares no Orçamento Geral da União. A operação – batizada de “Sanguessuga II, a Missão” – foi desencadeada depois que a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie Northfleet, restabeleceu todas as prisões decretadas pela 2ª Vara Federal do Mato Grosso.

Todos os envolvidos haviam sido libertados às 21h30 de terça-feira, depois que o desembargador Olindo Menezes, do Tribunal Regional Federal, determinou a remessa dos inquéritos que apuram o escândalo para o Supremo Tribunal Federal, baseado no fato de haver, entre os investigados, políticos com foro privilegiado. O magistrado havia acolhido pedido de hábeas-corpus proposto pelo advogado do ex-deputado Carlos Rodrigues (PL-RJ), conhecido como Bispo Rodrigues.

Entre as pessoas que já foram recapturadas está a assessora do Ministério da Saúde, Maria da Penha Lino. Ao todo, presos pela “Operação Sanguessuga” foram 46. Até às 15h10, havia sido recapturados 10. “Muita gente já deixou a cidade” – disse o advogado Eduardo Mahon, que patrocina Maria da Penha. Como não poderia deixar de ser, ele criticou a decisão da ministra Grace. Ele prometeu ingressar ainda nesta quarta-feira com um agravo regimental para que o ato do desembargador do TRF, que liberta os acusados, volte a ser válido.

Em um despacho de duas páginas, a presidente do STF observou que já tramitam no STF reclamações com o objetivo de garantir a transferência para o Supremo dos inquéritos dos acusados. “Nenhum outro órgão judiciário que a própria Suprema Corte está autorizado pelo sistema constitucional a impor tal manifestação”, afirmou a ministra. Ela também citou decisão recente do ministro do STF, Marco Aurélio Mello, segundo a qual as investigações conduzidas até agora estão em fase de suma importância e as prisões representam garantia da realização de depoimentos e de atos de apreensão.

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