A equipe Econômica do governo de Mato Grosso vai adotar medidas idênticas às tomadas pelo governo federal para enfrentar a crise econômica mundial, como ampliar os resultados da meta de superávit primário com base no corte de despesas de toda e qualquer natureza. Entre as medidas está a possibilidade de se restringir a política salarial do funcionalismo público nos próximos dois anos, apenas a reposição das perdas inflacionárias, deixando os aumentos reais para um segundo momento, caso a situação econômica melhore.
No entanto, o governador Silval Barbosa (PMDB) frisou aos deputados estaduais em reunião ontem a necessidade de medidas de impacto com o cortes de gastos, mas deu garantias de que os salários do funcionalismo público são prioridade e não correm o risco de atrasos. "O esforço que já estamos fazendo agora, se compartilhado por todos os Poderes, representará que no final do ano teremos não apenas a tranquilidade das 14 folhas de pagamento pagas (o 13º salário é dividido em duas parcelas) anualmente como a possibilidade de novamente fecharmos o ano com superávit", disse.
Inclusive o chefe do Executivo e o secretário de Fazenda, Edmilson José dos Santos, confirmaram para hoje, 31, o pagamento do salário de agosto, no mês trabalhado, conforme o calendário estipulado desde 2010 e que vem sendo rigorosamente cumprido.
A folha de pagamento dos mais de 86 mil servidores públicos ativos e inativos somam R$ 198 milhões, inclusive as empresas públicas, que somados aos repasses dos duodécimos dos Poderes Constituídos, que representam outros 12 mil servidores, totalizam próximo de R$ 270 milhões/mês, lembrando que o duodécimo dos poderes é referente aos repasses integrais e não apenas os valores da folha de pagamento, como no caso do Poder Executivo Estadual acima descrito.