O deputado federal Ságuas Moraes (PT), que votou contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara, ontem, declarou que a aprovação do processo “foi um golpe na democracia. Tentaram sem crime impor um dispositivo que é legal. Foi golpe. Os que votaram a favor não citaram crime, porque não existe. Citaram avó, avô, o cachorrinho, o filho, menos crime, que é o que a Constituição prevê”.
O processo agora vai ao Senado, onde Ságuas disse, ao Só Notícias, acreditar que há possibilidade reversão, devido a análise mais detalhada sobre a acusação, as pedaladas fiscais. Ele reforçou que o trabalho em prol de votos favoráveis deve continuar para que a presidente Dilma continue no cargo.
Na Câmara, houve 367 votos favoráveis e 137 contrários. Sete se abstiveram de votar e dois não compareceram. Da bancada mato-grossense, seis dos oito parlamentes votaram pelo impeachment. Nilson Leitã , Victório Galli, Adilton Sachetti, Fabio Garcia, José Augusto Curvo e Carlos Bezerra. Foram contrários, Ságuas Moraes e Valtenir Pereira.
Com a aprovação da admissibilidade caberá ao Senado Federal decidir pela abertura do processo de impedimento de Dilma, o que depende dos votos de maioria simples. A votação deve acontecer nos próximos 15 dias.