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Rússia: se compra de carne aumentar Mato Grosso importa mais fertilizantes, diz Blairo

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O governador Blairo Maggi chegou nesta quarta-feira à Moscou após passar dois dias em Stavropol, região localizada a dois mil quilômetros ao Sul da Capital. Incrementar a relação comercial com a Rússia é a principal meta deste primeiro roteiro. Na sexta-feira os mato-grossenses seguem a Alemanha, Holanda, Bélgica e França. A previsão de retorno ao Brasil é no dia 20.

Maggi e comitiva reuniram-se nesta quarta-feira no Ministério da Agricultura da Rússia, com o diretor e subdiretor do Departamento de Cooperação Internacional do Ministério da Agricultura da Federação Russa, Andrey Vershinin e Vadim Demiyanenko, respectivamente e Sergey Kislov, presidente da Associação Agro-Industrial da Rússia.

Nos compromissos em Moscou o assunto principal foi a importação de fertilizantes e trigo da Rússia para o Brasil, em especial Mato Grosso e a exportação de carnes in natura do Brasil para Rússia. Andrey Vershinin fez uma rápida exposição do crescimento agrícola que a Rússia tem experimentado nos últimos três anos no segmento da pecuária, em especial carne suína e aves, mas reconheceu as limitações em se tratando do rebanho de bovinos. Vershinin anunciou investimentos para a implantação de projetos nacionais voltados para o desenvolvimento da zona rural, mas assegurou a manutenção das cotas de importação de carnes em vigência no País até 2009 como reza a legislação nacional.

O presidente da Associação Agroindustrial da Rússia explicou que existe interesse no incremento do intercâmbio comercial de mercadorias entre os dois países, e vê nesta receita uma fórmula para se reduzir os custos dos fretes e conseqüentemente baratear os produtos.

O governador Blairo Maggi propôs que se aumente a exportação de fertilizantres e trigo da Rússia para Mato Grosso, desde que haja uma contrapartida no aumento da exportação de carnes do território mato-grossense para os russos. Conforme informações do secretário de Projetos Estratégicos (Sepe), Clóves Vettorato, a carne mato-grossense tem boa saída e avaliação positiva na Rússia, apesar de toda a polêmica em torno da carne brasileira, na análise da União Européia. “Eles consideram a carne saborosa e estão satisfeitos com a relação comercial”, destacou. Mas ainda é preciso quebrar as barreiras que impedem a exportação da carne do Nortão, por exemplo, onde não há casos de aftosa desde 1999.

A Rússia é um dos principais clientes de Mato Grosso, no que se refere à exportação de carne bovina, suína e de aves e a visita ao país é uma forma de manter um bom relacionamento abrindo caminhos para novas negociações. O governo russo tem investido na busca de se tornar auto-suficiente na produção de alimentos, o que será muito difícil na avaliação da comitiva mato-grossense, devido ao clima da região. “Não tem clima que favoreça a produção de grãos que são necessários para a criação de animais e produção de carnes. Vamos continuar exportando para a Rússia por muito tempo”, afirmou o secretário de Projetos Estratégicos (Sepe), Clóves Vettorato.

No ano passado as cifras de exportação de carnes para a Rússia chegou a US$ 146 milhões e da importação e fertilizantes ficou em US$ 107 milhões.

O ponto principal são os acordos e os convites para fazer com que missões de empresários russos viajem para o Brasil, nesse caso Mato Grosso e vice-versa. “É dessa forma que se avançam nas negociações”, salientou o secretário.

A segunda reunião do dia foi com a Câmara de Comércio e Indústria da Rússia, uma entidade forte que atua no país desde 1825. O governador e comitiva foram recepcionados pelo vice-presidente da entidade Sergey Katirin, também vice-ministro dos Negócios estrangeiros da Federação da Rússia. Nesse encontro foi novamente abordado o comércio exterior entre Mato Grosso e o País e a organização de encontros. “Alinhavamos algumas missões empresariais para o Brasil”, comentou Vetoratto.

Foi mais de uma hora de reunião e os russos se mostraram interessados na possibilidade de investimentos em Mato Grosso, principalmente na produção de energia.

O governo russo destacou nas conversações o fato de ser o segundo país que detém a maior floresta do mundo, ficando atrás somente do Brasil com matas virgens. Segundo Vettorato, eles apresentaram grande interesse na produção de soja.

Na avaliação do embaixador do Brasil na Rússia, Santos Neves, há mais de quatro anos em Moscou, a reunião representou um marco nas relações comerciais entre os dois países, pois pela primeira vez a pauta de discussão esteve voltada para o exame de oportunidades para maiores investimentos, e não apenas em reclamações de ambas as partes como de costume.

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