sexta-feira, 20/setembro/2024
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Rusgas de 2008 tiveram reflexo nas eleições em Rondonópolis

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O resultado das eleições em Rondonópolis para os cargos de senador e governador pode ser reflexo da desavença política, resultante das eleições municipais de 2008, entre os grupos do prefeito Zé Carlos do Pátio (PMDB) e do ex-governador e senador eleito Blairo Maggi (PR), onde a votação da coligação do PMDB/PR ficou abaixo do que era esperado pela coordenação de campanha dos dois partidos. O PMDB e o PR, partidos de Pátio e Maggi, respectivamente, se coligaram para disputar as eleições deste ano. O prefeito Zé Carlos do Pátio se recusou a apoiar Silval Barbosa que é do seu partido e candidato do ex-governador Blairo Maggi. Pátio preferiu apoiar Wilson Santos em razão do que ele classificou como gratidão, pois o ex-prefeito de Cuiabá o apoiou na disputa de 2008. Os dois grupos (PMDB e PR) que nas eleições de 2008 se digladiaram pela prefeitura, mostraram que, pelo menos na parte do grupo de Pátio, o clima não é de paz.

O prefeito costuma dizer que o Governo do Estado tem abandonado o município. Na esfera estadual, a coligação deu certo. Tanto é verdade que Silval foi reeleito em primeiro turno e Maggi ultrapassou a barreira de 1 milhão de votos, terminando à frente de Pedro Taques. Mas, no município, a história foi diferente. Silval teve menos votos que Mauro Mendes e ficou à frente do candidato Wilson Santos. Maggi venceu Taques por uma apertada diferença de 1.000 votos.

O candidato Silval Barbosa não conseguiu repetir a mesma performance em Rondonópolis, apesar de contar no município com apoio de 11 vereadores de três siglas diferentes e lideranças de peso como o próprio deputado federal Wellington Fagundes (PR) e Carlos Bezerra (PMDB), acabou tendo menos que o candidato Mauro Mendes (PSB) que tinha como principal liderança de peso o deputado estadual Percival Muniz (PPS). “Muita gente teve receio em votar no 15 devido aquela disputa [pela prefeitura em 2008]”, reconheceu o vereador Milton Mutum (PR), que era um dos coordenadores da campanha de Silval.
O vereador Manoel da Silva Neto, que tentou uma cadeira de deputado estadual pelo PMDB, também acredita que a rusga pode ter influenciado. Mendes teve no município 48.684 contra 34.655 votos de Silval. A rusga dos grupos pode ter refletido no pífio desempenho do candidato apoiado por Pátio. Wilson Santos teve em Rondonópolis apenas 12.104 votos.

O suplente de vereador Thiago Muniz, que nas sessões da Câmara de Vereadores tem constantemente criticado a aliança entre o PMDB e PR, acredita que a votação abaixo do esperado nas majoritárias pode ser reflexo das desavenças entre os dois grupos que se coligaram para a disputa do governo do Estado. “Cansei de falar isso na Câmara que eles [PMDB e PR] estavam montando um balaio de gato e que o povo não iria entender essa união”, disse.

 

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