Após meses conturbados por problemas pessoais, com o falecimento do marido, de dois cunhados e com o foco voltado para lançamento de empreendimentos, a ex-prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PL), voltou as atenções para a política e se estrutura para disputar as eleições de 2022, com intenção, prioritariamente, de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Para isso ela constrói a candidatura dentro do partido e busca se articular e se fortalecer regionalmente.
Apesar de ser cortejada por outros partidos, Rosana disse ao Só Notícias que “ainda estou no PL e não tenho pretensão de sair”. Uma das maiores lideranças da sigla em Mato Grosso, ao lado do senador Wellington Fagundes, que deve disputar a reeleição, Rosana não deve ter dificuldade em aprovar seu nome para composição da chapa, mas, como no próximo pleito não poderá ter coligações nas chapas proporcionais, ela trabalha para compor um grupo forte e com condições de atingir o quociente eleitoral.
Também ajuda Rosana o fato de que as chapas formadas para 2022 devem ser compostas por no mínimo 30% de mulheres, o que abre espaço para ela em qualquer partido, caso mude de ideia em relação ao PL. Apesar do benefício, ela não pensa na representatividade feminina como artifício, mas como um trabalho a ser desenvolvido, sobretudo na região Norte de Mato Grosso, que, segundo Rosana, perdeu representatividade política nas últimas eleições.
“A representatividade como mulher é importante e eu trabalho com isso. São poucas mulheres na política e precisamos de mais. Queira ou não somos do Nortão, temos um terço dos votos de Mato Grosso e este Nortão precisa de representatividade. Perdemos muita representatividade nas últimas eleições. Em Sinop tínhamos três deputados estaduais e ficamos com um. A maioria ficou com a baixada cuiabana e o foco está bastante voltado para o Araguaia. Pelo que este Norte significa em arrecadação e em desenvolvimento para o estado, temos que ter esta representatividade aumentada”, declarou.
Apesar da intenção em disputar uma das oito cadeiras de deputado federal a que Mato Grosso tem direito, Rosana acredita que o momento não é de impor candidaturas, nem mesmo à Assembleia Legislativa. Para ela, o momento é apresentar os nomes e discuti-los para, depois, reduzi-los a um número possível para que sejam eleitos. “Sinop precisa trabalhar nomes, juntar forças. Por enquanto está todo mundo se posicionando, colocando suas opiniões para amadurecermos uma candidatura e para o Nortão ser vitorioso”, completou.
Rosana foi prefeita de Sinop até o ano passado, chegou a lançar candidatura para a reeleição, mas abriu mão logo após a coligação para apoiar o atual prefeito Roberto Dorner (Republicanos). Ela espera que o apoio seja retribuído em 2022 e acredita que será.