O prefeito Adilton Sachetti (PR) deve receber esta manhã, a partir das 8 horas, uma comissão de servidores públicos municipais e vereadores. A reunião é a tentativa, mais uma vez, de um diálogo entre o Executivo e a categoria que está em greve há mais de uma semana.
Ontem, os servidores passaram a tarde na Câmara de Vereadores e acompanharam a sessão entre vaias e aplausos aos parlamentares que pediam a palavra. A sessão, porém, foi mais rápida do que o usual, pois em um acordo entre os vereadores, a maioria dos projetos foi retirada da pauta, para que se abrisse espaço para que o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sispmur), Rubens Oliveira Paulo, pudesse participar da sessão utilizando a palavra. Ele subiu à tribuna da câmara e explicou a situação dos servidores. Paulo pediu que os vereadores intermediassem em prol da categoria.
O vereador Mohamed Zaher (PR), que passou a presidir, na câmara, a comissão que está tratando da situação dos servidores públicos municipais, fez a proposta para que a categoria parasse a greve e participasse ontem mesmo de conversações com o prefeito Adilton Sachetti. Porém, foi rejeitada pela categoria.
A questão da greve dos servidores está sendo questionada na Justiça. A juíza Maria Mazarello, da Vara da Fazenda Pública considerou a greve como ilegal e ainda condenou o Sispmur a uma multa de R$ 1 mil por cada dia de paralisação. A juíza explicou, em seu despacho, que o prefeito não poderia dar reposição além de 2,34% em razão de ser ano eleitoral e a legislação prevê que pode apenas pagar aos servidores as diferenças relativas ao ano.
O sindicato recorreu da decisão e até a noite de ontem ainda não havia nenhuma divulgação do que o Tribunal de Justiça tinha determinado. Os servidores chegaram a pedir uma reposição de 25%, mas o prefeito apresentou como proposta 10% de forma escalonada, que foi rejeitada pela categoria.