A sucessão municipal de 2012 em Rondonópolis, o mais importante município do Sul de Mato Grosso e que já teve 3 governadores (Carlos Bezerra, Rogério Salles (vice) e Blairo Maggi), deverá protagonizar uma verdadeira disputa diante do isolamento do prefeito Zé Carlos do Pátio (PMDB), que não tem sequer apoio do partido para concorrer a reeleição. Aliás os peemedebistas estão conversando com várias correntes políticas para tentar definir um candidato de consenso.
Todos os grupos políticos estão conversando a respeito da sucessão em Rondonópolis por causa de sua importância eleitoral numa das regiões mais desenvolvidas de Mato Grosso, mas que não fez diferença nas eleições de 2010, quando Silval Barbosa, atual governador, acabou perdendo no município, mas se elegeu com os votos do Nortão, sua base eleitoral.
Com a disputa interna dentro do PMDB, que rejeita Zé do Pátio e que, por sua vez, quer ser reeleito sem o apoio de ninguém, os olhos se voltam para o presidente do PPS, o deputado estadual Percival Muniz, que já foi prefeito por 2 mandatos e tem altos índices de aceitação, em que pese o fato dele hoje fazer oposição ao governo Silval Barbosa, também do PMDB.
A diferença é que Percival Muniz já foi peemedebista e inclusive foi deputado federal constitucional pela sigla, o que faz dele mais próximo dos peemedebistas e uma opção realista e forte para se enfrentar a sucessão. Zé do Pátio caiu em desgraça quando foi contra a candidatura do atual governador Silval Barbosa, que é do seu partido, e apoiou a candidatura do tu- cano, Wilson Santos. Essa posição chegou a ser levada nos bastidores para o conselho de ética do partido, mas como se temia uma repercussão negativa nas eleições de 2010 a tese foi vencida.
A diferença é que o apoio de Pátio a Wilson Santos não teve efeito, tanto que Mauro Mendes (PSB) foi o vencedor das eleições em Rondonópolis, ficando Silval Barbosa em segundo lugar. Uma negociação tenta cooptar para o mesmo bloco além de Percival Muniz, o também ex-prefeito que lidera todas as pesquisas de intenção de votos, Adilton Sachetti, hoje filiados ao PDT do senador Pedro Taques, mas que é homem de confiança do senador Blairo Maggi (PR) seu compadre.
Quanto maiores forem as chances de um entendimento, menores serão as possibilidades de Zé do Pátio de vencer a reeleição, assim como aconteceu com o próprio Sachetti que derrotou Pátio em 2004 e foi derrotado pelo mesmo em 2008.