Nos próximos 60 dias o contrato de concessão entre a União e a América Latina Logística (ALL) para a construção da Ferronorte entre Alto Araguaia (MT) até Santarém (PA), passando por Cuiabá, estará amigavelmente rompido. A decisão do distrato foi confirmada pelo diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot, que recebeu a informação do diretor-geral da Agência Nacional de Trânsito e Transportes (ANTT), Bernardo Figueiredo.
"Na última quinta-feira em reunião com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio, o diretor da ANTT, Bernardo Figueiredo, confirmou o entendimento para que a ALL amigavelmente deixasse o contrato de concessão que já se encontra caducado por falta de cumprimento nos prazos estabelecidos para as obras", disse Pagot apontando que ainda vai demorar 60 dias para se encerrar as negociações por causa da burocracia e da necessidade de se comunicar órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU).
Pagot lembrou que o governador Silval Barbosa demonstrou interesse em acelerar o novo processo de concessão da Ferronorte e anunciou que no novo acordo que deverá ser feito através do PAC-2, a Ferronorte deverá chegar em Cuiabá em 2014 e poderá ainda levar a produção do agronegócio até o Porto de Santos. "Esse é o grande sonho de todos que moram no Centro-Oeste do Brasil, ver a produção chegar ao Porto de Santos e conquistar mercados europeus e asiáticos com preços de fretes mais competitivos para os mercados internacionais.
O diretor-geral do DNIT apontou que entre o novo Projeto e as Licenças Técnico e de Impacto Ambiental deverão ser consumidores recursos da ordem de R$ 30 milhões podendo variar para menos ou para mais, enquanto a obra tem um custo previsto da ordem de R$ 800 milhões até R$ 1,1 bilhão para os mais de 500 quilômetros que separam Alto Araguaia de Cuiabá passando por Rondonópolis. "Se tudo correr bem e não houverem novos atropelos, até 2020 a Ferronorte já estará em Santarém no Estado do Pará cortando regiões imensas e ligando pontos extremos nos Portos de Santarém e de Santos", explicou Luiz Antônio Pagot.
Pagot apontou que essas são obras consideradas imensas, pois têm uma demanda grande, mas que grande parte dos avanços foram conquistados nos últimos 8 anos e portanto se tiverem continuidade poderão representar para o ano 2020 a redenção do agronegócio com a possibilidade da exportação em grande escala e em preços competitivos.