O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), condenou "aqueles com interesses políticos eleitorais do quanto pior melhor" que desejam pegar carona nas determinações do governador do Estado, Silval Barbosa, que mandou apurar, desde o ano passado, desvios ocorridos na Conta Única do governo do Estado já apurados desde o ano 2007 e que hoje remontariam a R$ 16,007 milhões, já confirmados pela Secretaria de Fazenda do Estado (Sefaz) e pela Auditoria Geral do Estado (AGE).
"Estão querendo inverter os papéis. Quem mandou apurar e punir os responsáveis foi o governador Silval Barbosa e essas determinações estão sendo executadas e cumpridas, além de serem acompanhadas por organismos de fiscalização como a Delegacia Fazendária, o Ministério Público Estadual e até mesmo pela Justiça", disse Romoaldo Júnior, que agendou uma conversa entre o deputado Guilherme Maluf (PSDB) e o secretário de Fazenda, Edmilson José dos Santos, para que o mesmo explicasse todas as medidas adotadas desde o final do ano passado para se coibir e punir os responsáveis.
Maluf fez duras críticas ao governo do Estado e ameaçou apresentar um pedido de CPI na Assembleia Legislativa. Fora isto, o deputado Percival Muniz (PPS) apresentou um requerimento de informações cobrando explicações das autoridades públicas, mas fazendo ilações que não seriam verdadeiras. "Falam em cifras que não estão confirmadas. Valores somente serão conhecidos em sua integralidade após todas as apurações serem concluídas", disse Romoaldo Júnior, reafirmando que todas as medidas necessárias foram adotadas para coibir os abusos contra a conta única do Estado através do Sistema BBPAG.
Uma verdadeira força tarefa foi montada pelo governo do Estado, por ordem do governador Silval Barbosa, assim que se teve conhecimento de possíveis desvios de recursos públicos feitos através de um sistema alternativo que são os pagamentos por ofício, ou seja, aqueles que estão fora do sistema eletrônico e magnético que são mais seguros e confiáveis.
"A partir destas constatações, as decisões foram adotadas e estão sendo levantadas e apuradas. Fora isto, todos os pagamentos agora, inclusive da folha de pagamento estão dentro do Fiplan e do SEAP, proibindo por conseguinte os pagamentos via ofícios mesmos que assinados pelos secretários e titulares de órgãos", disse o líder do governo, convicto de que o secretário de Fazenda tem condições de explicar e comprovar que as medidas adotadas impedem que novamente o Estado possa ser alvo deste tipo de ação.