O líder da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa, deputado Romoaldo Júnior, considera que a decisão do senador Blairo Maggi (PR) em não se filiar mais ao partido, conforme vinha sendo esperado e anunciado, causou grande decepção nas lideranças e filiados. Estes já davam como certa a presença de Maggi nos palanques peemedebistas durante a campanha que elegerá novos prefeitos, vices e vereadores, em outubro próximo.
Romoaldo afirma que o recuo de Maggi, que já vinha trabalhando e costurando alguns acordos dentro do PMDB, pode ser prejudicial a ele futuramente em caso de uma outra candidatura. “Esses candidatos passam a se sentir órfãos e, se vierem a se eleger em 2016, não terão nenhum compromisso com o senador e politicamente isso é ruim”.
Questionado se o fato do PSDB, por decisão do governador Pedro Taques, não aceitar estar com o PMDB no mesmo palanque em Cuiabá, por exemplo, onde ambos já declararam apoio a candidatura à reeleição do atual prefeito, Mauro Mendes (PSB), teria influenciado de alguma forma na decisão do senador em não finalizar sua filiação, Romoaldo Júnior disse que isso não influenciaria em nada.
“Não é o PSDB e muito menos o governador Pedro Taques quem definirá quem estará ou não no palanque e sim o prefeito Mauro Mendes. Uma coisa é o governador querer se manter longe dos membros da administração passada, fazer críticas e investigar coisas erradas que supostamente foram feitas por pessoas ligadas ao PMDB. Outra, é querer generalizar, colocando o partido como um todo na sua alça de mira”.
O parlamentar disse não ter dúvida de que PSDB e PMDB estarão juntos em vários municípios, buscando eleger seus representantes. “Não pode ser diferente, temos a obrigação de ajudar a acabar com a corrupção no país e estamos focados nisso. Só não podemos deixar de dar uma resposta a sociedade”, disse Romoaldo.