Para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB), o excesso de poder dado ao ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes (PMDB), resultou em uma série de fatores que acabou sendo descoberto e culminando na operação Ararath, da Polícia Federal. Ele culpou o ex-governador Blairo Maggi (PR) e também o atual gestor estadual, Silval Barbosa (PMDB). “Deram muito poder para um louco e louco a gente não analisa, só psiquiatra para entender”.
O parlamentar lembrou de uma rusga que teve com Eder, logo após assumir a condição de líder do governo na Assembleia Legislativa. “Meu primeiro desafeto aqui foi o Éder. Peitei ele desde o momento em que ele queria acumular a Casa Civil e da Secopa. Disse que o único que tem poder de acumular é o governador, que foi eleito pelo povo”, afirmou ao MidiaNews.
Para Romoaldo, os documentos encontrados na casa de Moraes podem nem ser tão comprometedores assim. “Louco guarda coisas debaixo da cama achando que é remédio. Ele achou que guardando coisas de todo mundo poderia se fortalecer”, disse, em uma referência aos documentos apreendidos pela Polícia Federal durante busca e apreensão na casa de Éder Moraes em fevereiro deste ano.
O presidente da Assembleia evitou "crucificar" Silval e Maggi por delegarem a Éder funções estratégicas no Governo reconhecendo o ex-secretário como um servidor “trabalhador e eficiente”. “Acredito que ele ganhava a confiança das pessoas e se manteve no poder tentando resolver as coisas. Só que a forma como ele fazia era errada, era uma forma não republicana”.