A concessão para iniciativa privada de um trecho de 175 km da MT-220 foi debatida em audiência pública, em Tabaporã. O plano tamém será apresentado em Sinop, na segunda semana de maio. O governo estadual prevê que a rodovia está licitada e será pavimentada por meio do programa Mato Grosso Integrado, Sustentável e Competitivo (MT Integrado) como premissa de investimento antes do processo de concessão, medida que acarreta diretamente na redução da tarifa de cobrança. Mas não foi informado quando as obras iniciam.
O Volume Médio Diário (VDM) computado durante sete dias consecutivos do mês de janeiro é de 7 mil eixos equivalente a um veículo de passeio. Com base no tráfego a tarifa básica de cobrança chegou à margem de R$ 4,50 que gera uma Taxa Interna de Retorno (Tir) para a concessionária ao longo dos 30 anos na casa do 9,13%.
Pela concessionária são previstos a instalação de duas praças de cobrança e duas bases operacionais integradas. A aplicação financeira é de aproximadamente R$ 7,3 milhões. Os custos operacionais ao longo dos 30 anos de administração privada são estimados em pouco menos de R$ 15 milhões e englobam a operação de ambulância e guinchos para o socorro médio e mecânico. O conjunto de balança móvel também está incluso no operacional rodoviário.
Foram apresentados para produtores, empresários, dirigentes de entidades e associações os aspectos sociais, fator impactante na economia do município que tem o setor madeireiro como base e a produção crescente e recente de algumas culturas como soja, milho e arroz cultivadas pelo segundo ano na região. O estudo prevê a criação de aproximadamente 50 postos de trabalho, além da arrecadação de alguns impostos federais que somam cerca de R$ 8,7 milhões ao longo do período de concessão. O Imposto Sobre Serviços (ISS) é um dos principais pontos de contribuição econômica sendo proporcional a extensão territorial em que a rodovia compreende. A arrecadação está estimada em pouco mais de R$ 574 mil por ano.
Atualmente, estão asfaltados cerca de 55 km entre a BR-163 e a ponte no Rio Teles Pires, feitos em sistema de consórcio. Neste trecho não há pedágio e a rodovia ficou, recentemente, em estado ruim devido a buraqueira. Houve dezenas de cobranças para o governo fazer tapa-buracos.
Participaram da primeira audiência, o secretário-adjunto de Pavimentação Urbana, José Márcio Guedes, o coordenador de Programas Especiais, Cezar Ribas, o prefeito municipal de Tabaporã, Percival Cardoso e vereadores.