O ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, negou que se propôs a ‘entregar suposto esquema de corrupção’ em uma possível delação premiada, em que o colaborador recebe redução na pena. O motivo, conforme o ex-parlamentar, seria a convicção de sua inocência.
“Quando se tem uma linha de defesa, você tem muita convicção. Eu vejo dificuldades no meu julgamento na primeira instância, mas quando for analisado nos tribunais superiores terei grande possibilidade de lograr êxito”, diz Riva esperançoso.
A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, que julgará a ação das operações Metástase e Célula Mãe, prorrogou o prazo de instrução penal por mais 120 dias. Riva disse que acha normal. “Fazer o que, né? Só me resta continuar a usar os remédios que temos direito, que é o jurídico”.
Ex-político forte, José Riva já está preso há mais de quatro meses no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). No processo relativo a esta operação, ele é acusado de desviar verba de suprimentos através de notas fiscais falsas. No total cinco microempresários revelaram para a justiça que notas de suas respectivas empresas foram falsificadas.
O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) afirma que os desvios foram acima de R$ 2 milhões.