O ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (sem partido), confirmou, esta manhã, em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Copa do Mundo, que realizou pressão política para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande. “Eu fiz a pressão pelo modal, pois a maioria da população queria".
Ele alegou que a escolha do VLT se deu por decisão técnica e relatou que defendia um modelo de concessão ou parceria público privada (PPP) sem que o governo precisasse investir na obra. O deputado Wagner Ramos questionou Riva sobre um estudo apresentado defendendo o modal, no entanto, os deputados da CPI souberam que este documento foi feito de improviso e com coleta de informações na internet. Riva alegou que este estudo não serviu para nada. Ele voltou a defender que o VLT é o melhor modelo de transporte.
O deputado Wilson Santos afirmou que Riva mostrou falta de compromisso ao não se aprofundar na parte técnica do modal. Ao que o ex-deputado estadual disse que buscou conhecimento técnico sim, porém, não conseguiu convencer os demais em um primeiro momento. Devido a isso, fez a pressão política para a implantação do VLT.
Riva também disse que o valor de aproximadamente R$ 700 milhões, que seria o valor total do modal, na verdade não incluiria os vagões. Ou seja, este valor era correspondente apenas para colocação dos trilhos e viadutos. Os vagões custariam mais R$ 500 milhões, totalizando o modal em R$ 1,2 bilhão.
O ex-presidente também disse que nunca houve uma audiência pública para debater a implantação do VLT. Riva defendeu que este tipo de transporte é o melhor para a cidade.