O possível acordo entre o governo do Estado e o Consócio VLT para retomada das obras do modal foi novamente adiado. Isso porque a reunião que ocorreu, ontem à tarde, e que poderia ter colocado fim ao impasse que se arrasta há um ano na Justiça Federal, terminou sem um entendimento entre as partes. As obras do VLT estão paralisadas há mais de um ano e foram judicializadas. A expectativa é de que após um acordo entre o Estado e as empresas, as obras do modal possam ser retomadas em 120 dias.
De acordo com o secretário de Gabinete de Assuntos Estratégicos de Mato Grosso (GAE), Gustavo Oliveira, que participou da reunião, o encontro foi o início das retomadas das negociações entre o Estado e as empresas na tentativa de garantir a conclusão do modal. “A reunião foi positiva, muitos pontos ainda estão sendo discutidos e um outro encontro deve acontecer dentro de alguns dias”.
Segundo as partes discutiram alguns pontos apresentados pelo relatório de consultoria da obra, e outras conclusões em relação ao último relatório apresentado ainda estão sendo analisadas pelo consórcio. O encontro foi intermediado pelo secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, e contou ainda com a participação do procurador geral do Estado, Patryck Ayala e alguns dos representantes do consórcio.
Por meio de nota, o Consórcio VLT informou que tem interesse em continuar as obras do modal e que durante a reunião foram iniciadas as tratativas para retomada e conclusão das obras de implantação do modal. Apesar das tentativas de negociação, um dos principais pontos que ainda emperram a retomada das obras é a questão financeira.
De acordo com relatório apresentado pela KPMG, o governo precisa desembolsar cerca de R$ 600 milhões para a obra. As empresas responsáveis pela construção do modal não concordam com o valor, que não incluem, por exemplo, a quantia pedida pelo reequilíbrio contratual.
No início de abril, o consórcio protocolou na Justiça pedido para que o Estado apresente relatório feito em dezembro pela KPMG, que teria reconhecido como procedente o valor de R$ 230 milhões como reequilíbrio. Segundo o documento o Estado teria ocultado o relatório inicial e apresentado outro à Justiça, no qual a KPMG não reconhece como procedente o pedido.