O tráfego na rodovia BR-163 até o porto de Santarém pode ser melhorado ainda este ano. Este é objetivo de uma audiência que será realizada na próxima segunda-feira, em Belém (PA), com lideranças políticas de todo o Nortão e da região Sul do Pará, e o governador do Pará, Simão Jatene. O prefeito Nilson Leitão, que tomou iniciativa, disse que muitos problemas já foram resolvidos e uma saída, até que a rodovia seja asfaltada, seria a construção de pontes até o porto de Santarém.
Ele salientou que a não pavimentação da rodovia ainda é um entrave para a instalação de novas empresas. “A primeira cobrança que qualquer indústria ou empresa que quer se instalar na região é a questão do escoamento mais fácil da produção para reduzir custos. E a única solução é a saída para Santarém, que é uma luta de muitos anos, de tantos políticos e de tantas pessoas e precisamos achar uma solução”, explicou.
Leitão ressaltou que um levantamento aponta que hoje há 72 pontes distribuídas na rodovia, sendo que 49 já estão com os projetos prontos. Também lembrou que cerca de R$ 52 milhões já foram liberados para a pavimentação da rodovia entre a divisa de Mato Grosso até Santarém, e que o objetivo é reverter os recursos para a construção dessas pontes.
Uma das saídas mais rápidas seria a execução das obras pelas empreiteiras que já possuem consórcios para manutenção daquele trecho da rodovia. Para isso, segundo ele, ainda existe a necessidade de uma posição favorável do governador Simão Jatene e a liberação do Governo Federal. “Precisamos convencer o Governo Federal a aplicar esses recursos (R$ 52 milhões) nas empresas que já estão com contratos daquele trecho e que comandam o consórcio e fazer que esse recurso seja aditado no contrato para construir as pontes ainda este ano”, acrescentou.
O prefeito destaca que a aprovação deve ser feita antes do dia 30 de junho, quando vence o prazo para assinaturas de contratos antes das eleições. “Basta boa vontade. Tem dinheiro, não temos probelma judicial, problemas com o Tribunal de Contas e nem ambiental”, enfatizou e criticou alguns posicionamentos sobre as questões ambientais que ainda são levantadas, e que, segundo ele, já foram solucionados desde 2004.
“Enquanto estão fazendo esses discursos, órgãos internacionais ou de interesses internacionais estão comprando propriedades à margem da rovodia até Santarém. Daqui a pouco compraram toda a Amazônia, que está abandonada neste trecho porque não podemos trafegar”, concluiu.
O escoamento da safra agrícola e a madeira, via porto de Santarém, vai baratear em até US$ 30 a tonelada o transporte.