O Partido da República entrou em ebulição com a possibilidade do empresário Mauro Mendes (PSB) retornar às "hostes" republicanas, após ter se colocado na oposição em relação às eleições de 2010 e ter desferido duras críticas tanto ao ex-governador e hoje senador Blairo Maggi, que seria padrinho do retorno de Mendes, quanto em relação ao governador Silval Barbosa (PMDB), contra quem o empresário socialista disputou o governo do Estado no ano passado.
A ausência do deputado e presidente do PR, Wellington Fagundes, aguçou ainda mais a situação e os parlamentares discutiram o assunto ontem na Assembleia Legislativa, existindo uma tendência da maioria, mas não de todos, de encaminharem ao partido um veto a uma eventual filiação do empresário.
A saída de Mauro Mendes do PR, em setembro de 2009 depois de ter disputado as eleições municipais em Cuiabá em 2008, não foi em busca de espaço, mas sim de disputar a sucessão de Blairo Maggi e por entender que não teria internamente como pleitear a indicação de candidato do grupo por causa do então vice, hoje governador Silval Barbosa, que já se colocava como pré-candidato.
Em que pese os apelos de Blairo Maggi, e do próprio Silval Barbosa, que admitiu abrir mão da disputa caso Mauro Mendes se viabilizasse como melhor nome, não foram suficientes para segurá-lo, mas também não o afastou do grupo, tanto que antes das convenções Blairo, Silval e Mauro chegaram a discutir a possibilidade do então empresário já no PSB ser candidato a vice com a possibilidade de em 2014 assumir o Estado e ser candidato à reeleição. Mais uma vez o acordo não deu certo.