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Renovação na Assembleia de MT e bancada federal passa de 50% neste pleito

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A eleição de 2014 promoverá uma renovação de, no mínimo, 37,5% na bancada mato- grossense na Câmara Federal e Assembleia Legislativa. Dos oito deputados federais do  Estado atualmente no exercício do cargo, cinco vão tentar a reeleição. Já entre os 24 estaduais, 16 buscam serem reconduzidos, sendo um deles um suplente ocupando a vaga de um titular licenciado.

A renovação é bem maior, no entanto, se forem considerados somente os eleitos no pleito de 2010. Neste caso, a bancada de Mato Grosso na Câmara Federal pode ter uma renovação de, pelo menos, 50%. Na Assembleia, o número é bem próximo a isso, 45,8%.

No Parlamento estadual, a quantidade de cadeiras que poderão ser ocupadas por novos deputados é tanta por conta do desejo de alguns eleitos no pleito geral passado de trocarem de cargos. Percival Muniz (PPS) e Nilson Santos (PMDB), por exemplo, já deixaram os mandatos em 2012, quando venceram as disputas para as prefeituras de Rondonópolis e Colíder, respectivamente.

Dos que esperaram até a eleição deste ano para tentar trocar de cargo, dois concorrem a deputado federal: Jota Barreto (PR) e Ezequiel Fonseca (PP). Outros dois buscavam uma vaga majoritária: Teté Bezerra (PMDB), que continua na disputa pela vice-governadoria pela coligação Amor à Nossa Gente, encabeçada por Lúdio Cabral (PT), e José Riva (PSD), que acabou renunciando à candidatura ao governo pela coligação Viva Mato Grosso por ter o registro indeferido pela Justiça Eleitoral. Em seu lugar, hoje, concorre sua esposa, Janete Riva (PSD).

Há, no entanto, outros seis (incluindo José Riva) que ficaram fora do pleito. Assim como o pessedista, dois chegaram a registrar candidaturas: Antônio Azambuja (PP) tentava a reeleição e Luciane Bezerra (PSB) uma segunda suplência ao Senado. Os dois desistiram por desentendimentos com seus partidos ou grupos políticos.

O progressista não aceitou o ingresso de sua legenda na coligação Coragem e Atitude para Mudar, que tem o senador Pedro Taques (PDT) como candidato ao governo do Estado. Já a socialista acabou deixando o posto de candidata depois que o senador Jayme Campos (DEM), que tentaria a reeleição, também renunciou à disputa.

Completam o quadro de nove deputados estaduais que não buscam serem reeleitos Alexandre César (PT), João Malheiros (PR) e Luiz Marinho (PTB).

Na Câmara Federal, por sua vez, os motivos para a renovação são outros. Dos oito parlamentares eleitos em 2010, somente Wellington Fagundes (PR) busca outro cargo neste pleito, o de senador.

Ao longo dos últimos quatro anos a bancada mato- grossense perdeu dois nomes: Homero Pereira (PR), que faleceu no final de 2013; e Pedro Henry (PP), preso, também no final do ano passado, após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participar do esquema do Mensalão.

Dos suplentes que assumiram as vagas deixas por eles, Ságuas Moraes (PT) e Roberto Dorner (PSD), somente o petista vai tentar ser reeleito. O pessedista chegou a lançar pré-candidatura, mas desistiu alegando pretender se dedicar mais às suas atividades empresariais.

Além deles, Júlio Campos (DEM) não busca ser reconduzido ao cargo. O democrata anunciou ainda no ano passado que se “aposentaria” da política.

Fora do páreo – A eleição de 2014 também não conta com outros nomes que, até o ano passado, eram espera- dos nas urnas. Um exemplo é o governador Silval Barbosa (PMDB). O peemedebista era cotado para disputar o cargo de senador, mas no início deste ano anunciou que não deixaria o governo para disputar o pleito. A alegação de Silval à época era o desejo de concluir o mandato para garantir que, principalmente, a Copa do Mundo em Cuiabá fosse realizada a contento.

A família Campos também tem seus dois principais representantes fora do pleito. Ao contrário do irmão deputado federal, o senador Jayme Campos, no entanto, não é visto como um político em processo de aposentadoria. Especula-se que o democrata possa concorrer ao cargo de prefeito de Várzea Grande em 2016.

Jayme desistiu da candidatura à reeleição alegando não receber o respaldo que esperava de seu grupo políti- co para seu projeto. O senador fazia parte da coligação Coragem e Atitude para Mudar, que defende o nome de Pedro Taques (PDT) ao governo. Jayme foi substituído por Rogério Salles (PSDB).

Assim como o governador Silval, o ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), teve seu nome aventado durante quase todo o ano passado como candidato. O petebista disputaria o cargo de deputado federal ou estadual. A candidatura, no entanto, não saiu do papel.

Quem também não conseguiu transformar em realidade a pré-candidatura foi a ex-senadora Serys Slhessarenko (PTB). Ela era cotada para disputar o Senado, mas acabou preterida quando seu partido decidiu se unir à coligação de Taques que, naquele momento, já havia garantido a candidatura à reeleição de Jayme.

Entre os cotados para a disputa ainda estava o sena- dor Blairo Maggi (PR). Aventava-se que ele pudesse buscar o retorno ao Palácio Paiaguás. No entanto, o republicano não só recusou a missão para finalizar o mandato em Brasília, como também se manteve afastado do processo eleitoral em Mato Grosso.

Dentre os políticos renomados que ficaram fora do pleito deste ano, somente o deputado estadual José Riva fez o caminho inverso. No ano passado, sua participação não era esperada. O pessedista vinha anunciando que se aposentaria da vida pública. Lançou, inclusive, a candidatura da filha Janaína Riva (PSD) a deputada estadual.

Dias antes do início oficial do período eleitoral, no entanto, Riva decidiu que disputaria o governo do Estado. O projeto só foi interrompido porque a Justiça Eleitoral o considerou inelegível com base na Lei da Ficha Limpa. O projeto foi assumido pela esposa dele, Janete Riva.

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