Recomeça daqui a pouco a sessão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados
quando será lido e discutido o relatório do deputado Orlando Fantazzini (Psol-SP) sobre o processo por quebra de decoro contra o deputado mato-grossense Pedro Henry (PP).
Ex-líder do PP, Henry foi acusado pelo ex-deputado Roberto Jefferson de ser um dos responsáveis pela distribuição do “mensalão” e por oferecer compensações para que deputados trocassem de partido. Henry nega as acusações e alega que não surgiu nenhuma prova documental ou testemunhal contra ele, seus assessores ou familiares.
Nos bastidores, fala-se que a tendência é parecer recomendando a cassação do mato-grossense.
Agora há pouco, no Consselho de Ética, o deputado Jairo Carneiro (PFL-BA) recomendou ao Conselho de Ética a cassação do mandato do deputado João Magno (PT-MG), que responde a processo por ter recebido R$ 426 mil do PT por meio das agências de publicidade do empresário Marcos Valério de Souza. Ao ler seu voto, Carneiro, que é relator do processo, disse que é responsabilidade do candidato o controle financeiro de sua campanha eleitoral.
Segundo o relator, os recursos destinados a Magno, utilizados para quitar despesas de campanha, foram transferidos de maneira irregular, por meio de saques em espécie ou depósitos em contas particulares. Jairo Carneiro afirmou que as transferências deveriam ter sido feitas por depósito em conta específica, com a emissão de recibo. Ele concluiu que a maneira como as transações foram feitas aponta para o uso de caixa dois.
Após a leitura do voto, a deputada Angela Guadagnin (PT-SP) pediu vista do processo, o que adia a votação no conselho por duas sessões plenárias.