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Relatório da CPI Sanguessuga sai até dia 16 e deve pedir cassações

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga a compra irregular de ambulâncias com emendas do Orçamento (CPMI dos Sanguessugas) já decidiu que o prazo para o fim dos trabalhos é o dia 16 de agosto.

A informação é do presidente da comissão, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT/RJ). Ele esclareceu, no entanto, que ainda há dúvidas se o relatório será apresentado no início do mês, entre os dias 8 e 9, ou se nos últimos dias do prazo determinado.

“Vai depender da agilização das diligências, que avançam bem. Já temos o quadro de todos os parlamentares, vamos analisar os argumentos por eles aduzidos, restam ainda os argumentos de 33. A CPMI vai se reunir para definir entre os 90 parlamentares quais são aqueles que devem ser indiciados”, explicou o parlamentar em entrevista ao Programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional.

Biscaia considerou “impressionante” o número de parlamentares envolvidos. Segundo ele, no início dos trabalhos não se podia imaginar que pelo menos 90 deles, em exercício, iriam merecer algum tipo de explicação e investigação, sem contar com outros cerca de 20 ex-parlamentares que também estariam envolvidos.

“Entre 110 e 115 parlamentares é um número que impressiona e, embora, este envolvimento ainda não esteja comprovado, toda a estrutura da quadrilha já está bem definida e é, além de impressionante, revoltante, porque objetivava lucros e desvios de recursos públicos na área da saúde”.

De acordo com Biscaia, no momento da campanha os candidatos podem procurar e receber financiamento privado, que devidamente declarados são permitidos por lei, mas ressaltou que não podem representar ligações com a atuação do eleito no Congresso.

“São empresas que apóiam a candidatura, mas isso não pode significar de forma alguma um tipo de vinculação ou de representação para defender aquele segmento de maneira escusa, principalmente, apresentar as emendas que iriam beneficiar a empresa”, definiu.

Quanto ao caso do senador Magno Malta (PL/ES), o presidente informou que no primeiro momento o depoimento do empresário Luiz Antônio Vedoin (sócio da Planam) não era suficiente para comprovar a participação do senador. O senador está sendo investigado porque teria recebido um carro da Planam, uma das principais envolvidas na venda superfaturada de ambulâncias.

Biscaia acrescentou que o documento do carro não estava em nome de Magno Malta e sim, de outro parlamentar do Mato Grosso, o deputado Lino Rossi (PP/MT). Ele ponderou, no entanto, que o próprio senador fez declarações que podem comprometê-lo. “Na medida em que o próprio senador publicamente emite nota e diz que usou o carro é uma confissão de uma conduta ilícita indubitavelmente”, afirmou.

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