Uma das primeiras providências a serem adotadas pelo senador Demóstenes Torres (PFL-GO), relator no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do processo contra a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), será pedir a convocação do empresário Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam, empresa que comandava o esquema de superfaturamento de ambulâncias a partir do uso irregular de recursos do Orçamento da União. Serys foi citada no relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas por conduta incompatível com o decoro parlamentar.
A informação sobre a convocação foi prestada, por telefone, nesta terça-feira (22), à Agência Senado pelo próprio senador, que se encontra em campanha política no interior de Goiás. O parlamentar estará presente à reunião do Conselho de Ética marcada para esta quarta-feira (23), a partir das 10h, destinada a discutir os planos dos relatores parainvestigação das denúncias.
Demóstenes Torres, na qualidade de vice-presidente do Conselho de Ética, também informou que defende a indicação dos nomes dos senadores Jefferson Péres (PDT-AM) e Juvêncio da Fonseca (PSDB-MS) para relatarem os processos que envolvem os nomes de outros dois senadores acusados de tomarem parte no escândalo – Magno Malta (PL-ES) e Ney Suassuna (PMDB-PB).
Também em entrevista à Agência Senado, o senador Sibá Machado (PT-AC) disse que “não está à vontade” para ser um dos relatores. O nome dele foi sondado para relatar o processo de Magno Malta. O parlamentar negou que tenha sofrido pressão da liderança do PT para não aceitar uma das três relatorias em virtude de uma correligionária – a senadora Serys – aparecer na lista dos supostamente envolvidos no esquema.
Sibá Machado defendeu também que os três processos tenham um mesmo relator. Mas deixou claro o seu entendimento de que, se prevalecer , como tudo indica, a opinião do presidente de que cada processo deve ter um relator, este não poderá pertencer a nenhum dos partidos envolvidos – PMDB, PT e PL.