É possível conciliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental assegurando geração de emprego e renda, além de diversificar e agregar valor à produção mato-grossense. A avaliação foi feita hoje, pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Clóves Vettorato, durante a 21ª reunião do ano da Câmara de Política Agrícola e Crédito Rural (CPACR). “O reflorestamento é uma prioridade do Governo. Está havendo interesse dos produtores em investir em reflorestamento e nós vamos estimular esse tipo atividade”, afirmou Vettorato.
Numa iniciativa inédita, produtores de Sorriso (420 km ao Norte de Cuiabá) querem reflorestar 3% da área agricultável do município. O projeto, que deve ser financiado com recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) Rural, foi apresentado à Câmara pela Associação de Desenvolvimento Regional para Conclusão da BR-163. “É uma alternativa de diversificação e que nós temos que apoiar. Quero ao longo do tempo demonstrar aos produtores que os investimentos em reflorestamento ,seja em eucalipto ou em outros tipos de árvore, que é possível também ganhar dinheiro com isso”, disse Vettorato.
O secretário elogiou a iniciativa dos produtores e conclamou agricultores de outros Municípios a seguirem o mesmo exemplo. “Eu espero que outros Municípios sigam o exemplo de Sorriso. Atualmente os produtores já estão muito conscientizados. Há uma preocupação muito grande com as nascentes e matas ciliares”, destacou.
Caso o projeto seja aprovado – os membros da Câmara começam a apreciar as cartas-consultas de Sorriso num prazo de 20 dias – a meta ambiciosa dos produtores é reflorestar, inicialmente, 14,5 mil hectares em Sorriso. Posteriormente, eles querem ampliar para 90 mil hectares em sete Municípios localizados num raio de 180 km entre Nova Mutum e Sinop.
De acordo com o presidente Associação de Desenvolvimento Regional para Conclusão da BR-163, Jorge Antônio Baldo, o projeto avaliado em R$ 57 milhões, prevê só em Sorriso, num período de seis anos, reflorestar 3% da área agricultável – 0,5% por ano. Os primeiros cálculos sinalizam o cultivo de 5 milhões de mudas de eucalipto na região por ano.
“Queremos que a Seder abrace essa causa. Temos o entusiasmo e vontade de ajuda. O intuito é implantar uma nova atividade econômica. É um projeto relevante social e ambientalmente”, disse Baldo que é pequeno produtor.
Para o agricultor, além da geração de emprego e renda, projetos de reflorestamentos têm forte apelo social e ambiental, conciliando desenvolvimento econômico com preservação ambiental.