Ainda a ser apresentada pelo líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Wilson Santos (PSDB), a proposta de redução da porcentagem da Receita Corrente Líquida (RCL) do Estado que serve como base para o cálculo do duodécimo do Parlamento não deve ter apoio da Mesa Diretora do Legislativo. Para o presidente da Casa, Guilherme Maluf (PSDB), a “redução está mais para discurso político do que uma política efetiva de controle ou eficiência de gastos”.
O problema, na avaliação, de Maluf é que a proposta de Wilson não estaria levando em consideração um planejamento financeiro para o futuro da Assembleia. De acordo com o presidente, há investimentos previstos no Parlamento que poderiam vir a ser prejudicados com a falta de dinheiro, caso a medida seja colocada em prática.
Wilson, por sua vez, sustenta que, ao longo de 2015, a Assembleia já deu inúmeros exemplos de que não precisa de todo o dinheiro que recebe. Na lista estaria, por exemplo, a devolução de R$ 20 milhões que já foi feita pelo Legislativo para que o Executivo adquira ambulâncias que devem ser distribuídas aos 141 municípios.
Para Maluf, uma boa gestão da verba que é destinada à Assembleia, inclusive, com a realização de novas parcerias com o Executivo (a exemplo do caso das ambulâncias) seria uma melhor alternativa. A ideia também é defendida pelo deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), que chegou a sugerir ao líder do governo uma articulação no sentido de transformar toda a economia feita no Legislativo em emendas parlamentares, ou seja, investimentos em obras que seriam indicadas pelos deputados.
“Com uma boa interlocução do líder com o governador, nós podemos fazer essa economia para investimentos na ponta e valorizando os deputados que estão aqui cumprindo um papel que, muitas vezes, o Executivo tem dificuldades de cumprir”, defendeu da tribuna o socialista.