O ex-prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR), esteve muito próximo de ver por terra, ontem, todas as possibilidades de conseguir uma decisão judicial favorável que lhe garantisse a retomada do poder do qual foi retirado por sucessivos erros e abusos cometidos contra a administração ao ponto do ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa em apreciação de recurso dos advogados do ex-prefeito apontar em sua decisão que: "a manutenção de gestor inapto no cargo de chefia continuaria a prejudicar o interesse público dilapidando ainda mais os cofres públicos, vulneráveis às suas investidas sagazes e daquelas protagonizadas pelos membros do seu secretariado".
Tudo porque se encontrava na pauta da sessão de ontem do Tribunal de Justiça o mérito do Agravo de Instrumento 83278/2011 que pedia efeito suspensivo no recursos de sentença que cassou Murilo Domingos, decisão do juiz Onivaldo Budny que acatou denuncia do Ministério Público. O recurso está na relatoria da desembargadora Maria Erotides Kneipp que já havia negado anteriormente pedido de liminar. Como a matéria não foi a julgamento por questões de prazo, somente em 2012 volta a ser apreciada.
Diversas foram as decisões judiciais pró e contra o ex-prefeito, mas o ministro do STF sintetizou a situação critica da administração do segundo maior município de Mato Grosso ao declarar que restaria clarividente demonstrado o risco a que está submetido o patrimônio público em permanecendo o então prefeito na chefia do Executivo, diante da quantidade de denúncias de atos de improbidade que evidenciam a má administração dos recursos públicos colocados à sua disposição. Sem contar, as reiteradas fraudes nos processos licitatórios, absolutamente contrários à moralidade administrativa e lesivos ao patrimônio público. As condutas do Alcaide já foram objeto de análise e foram três condenações anteriores, inclusive cassações. Só permanece no cargo por força de recurso meramente procrastinatório, manifesta.