As divergências em relação ao ajuste salarial dos praças e oficiais da Polícia Militar continuam. O que era para ser consolidado no ano passado, ainda continua sob a decisão do governo do Estado, que ameaça retirar a mensagem 34/08, caso a Assembléia Legislativa não vote a peça até a próxima quinta-feira. Durante reunião ampliada com os representantes dos comandos regionais ontem, ficou definida pela aprovação da matéria, entretanto, ainda, há a proposta de um último diálogo com setores do governo. A recomposição salarial será válida para os próximos três anos. O reajuste na escala de 30% será fracionado em três vezes de 10% até 2010.
Diante das imposições, da ameaça de elevação da inflação, do descontentamento generalizado, da frustração das famílias milicianas e da falta do cumprimento da promessa do governador Blairo Maggi (PR), a situação tende a piorar, pelos menos foi o retrato do sentimento dos presentes.
“Esse ajuste de 30% foi uma promessa do governador em 2007. Porque temos de aceitar o fracionamento, se no ano que vem a inflamação pode sumir com os percentuais que não devem chegar a 2,5%?”, indagou o representante de Rondonópolis – Sd/PM Denézio, contrário à matéria.
A Associação de Soldados, Cabos e Sargentos, por intermédio do vice-presidente Sd Nonato, decidiu se abster da aprovação da mensagem alegando cumprimento da atribuição da entidade, mas que não compactua com a forma proposta.
A maioria, mesmo aprovando, entende que é necessária uma última tentativa com o governo. Oficias presentes, também, se manifestaram contrários a mensagem entregue à Assembléia há um mês. “Nunca vi um momento de tão grande frustração na PM. Não conheço esta situação como demonstração de democracia, mas nós vamos continuar a nossa luta”, disse o coronel da PM, Leovaldo Salles.