O presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager) adiou o seu voto na deliberação da alta do preço do Gás Natural Veicular (GNV). O assunto foi debatido hoje, na 10ª sessão regulatória no órgão.
A Ager analisou a proposta de “Recomposição do Equilíbrio Financeiro do Contrato de Concessão do Gás”. Ou seja, um reajuste de R$ 0,92 no metro cúbico de gás para o consumidor final. Como a Assembleia Legislativa deve ter uma reunião com todos os agentes da cadeia nesta terça, o presidente da Ager achou por bem primeiro verificar o resultado dessa reunião para depois proferir o seu voto.
A Assembleia Legislativa decidiu levar a discussão para a Comissão de Indústria e Comércio. Além da Ager e deputados, a reunião agendada para esta terça-feira (11), às 15h30, deve contar com a presença de representantes da MTGás e do governador Mauro Mendes e Sindipetróleo.
Segundo o Sindipetróleo, a revenda de combustíveis se mostra preocupada com a inviabilização do uso de gás pelos motoristas de aplicativos, taxistas e outros. A entidade aponta que, com o aumento, o preço do etanol fica mais competitivo, levando o usuário a fazer a troca. Sem consumo de GNV, os postos também levam prejuízos quanto ao investimento nos equipamentos para abastecimento desse produto.
O Sindicato ainda explicou que, com a alta constante no preço dos combustíveis nos últimos anos, a troca para o GNV passou a ser mais atrativa para quem percorre muitos quilômetros diariamente. Atualmente, o GNV pode ser 60% mais econômico do que a gasolina e 40% mais vantajoso em relação etanol.