Com a cúpula estadual petista divida, os filiados vão às urnas, neste domingo, nas prévias, para decidir se a senadora Serys Slhessarenko será candidata à reeleição ou se o deputado Carlos Abicalil disputará o Senado. O período que precede as prévias ganha a cada dia novos capítulos com trocas de acusações tanto de um lado quanto do outro. A última cartada da senadora foi pressionar o diretório estadual e Abicalil, com uma carta assinada por outros sete colegas senadores petistas manifestando apoio à reeleição de Serys. No documento, os senadores reconhecem como “irretocável” e de “importância inquestionável” os quase oito anos de mandato de Serys.
Assinaram o manifesto os senadores Aloísio Mercadante (SP), Eduardo Suplicy (SP), Fátima Cleide (RO), Delcídio Amaral (MS), Tião Viana (AC), Paulo Paim (RS) e Augusto Botelho (RR). Já Abicalil continua visitando os diretórios municipais do partido em busca de novos votos para as prévias. Entre uma reunião e outra, aproveita para retrucar as declarações e atitudes da senadora. No sábado (10), o deputado federal esteve em Sinop, e afirmou aos filiados sinopenses que a sigla precisa de uma renovação e, por isso, está se propondo a disputar o Senado.
Pelas pretensões de Abicalil, ele disputaria a eleição ao Senado, enquanto que Serys se candidataria a deputada federal. A senadora já afirmou que só participa da eleição deste ano se for à reeleição. A cúpula nacional do PT está incomodada com as prévias. O ex-senador José Eduardo Dutra, presidente da sigla, manifestou insatisfação com o tom das críticas entre Serys e Abicalil.