Além dos 15 gestores estaduais, outros nove preferiram não se manifestar sobre o pedido de abertura de processo contra a presidente Dilma Rousseff (PT) iniciado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), é um dos defensores da retirada da atual presidente do poder e já declarou seu posicionamento em várias ocasiões.
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, os demais governadores do PSDB, como Beto Richa, do Paraná, e Reinaldo Azambuja (PSDB), de Mato Grosso do Sul, são cautelosos ao comentar o processo. Já o paulista Geraldo Alckmin (PSDB) diz que é preciso seguir o rito legal e aponta que “impeachment não é golpe”.
O Nordeste é a região em que a presidente conta com maior apoio. Dos nove governadores, oito assinaram, na última quinta-feira, um documento de repúdio ao processo de impeachment. O Nordeste foi a maior base de Dilma na eleição, em 2010, e na reeleição, no ano passado.
Já os governadores do PMDB, do atual vice-presidente Michel Temer, são os que fazem mistério. O único que já declarou apoio à presidente é o do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.
A Folha afirma ainda que a presidente pretende convidar chefes de Executivo estaduais para encontros em Brasília, movimento já esboçado por ocasião da tentativa de recriação da CPMF.